Os candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT) apresentaram nessa quarta-feira as suas propostas em encontro da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O principal assunto discutido foi a economia do país.
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Primeiro a falar, Campos defendeu uma reforma política “profunda”. Disse que a indústria nacional enfrenta um momento duro e o caminho é abrir espaço para a inovação e a melhoria da infraestrutura. Também criticou a política de congelamentos dos preços da gasolina do governo Dilma e prometeu “reverter” a situação econômica da Petrobras.
Comprometeu-se com os empresários a fazer uma reforma tributária e destacou propostas como dar mais segurança a investidores, valorizar a educação, firmar parcerias público-privadas e fortalecer negociações com “parceiros mais maduros” como EUA, Europa e a China.
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Aécio foi o segundo a se pronunciar e atacou a gestão do PT. Afirmou que o ano que vem será de dificuldades para a economia, citando a “desarticulação do setor elétrico” e a situação da Petrobras, que precisará ter seu papel “redefinido”.
Prometeu investir em infraestrutura, em parceria com o setor privado e a partir da atração de capital interno e investimentos estrangeiros e garantiu um “ambiente seguro”, com regras claras aos investidores . Disse que pretende ampliar dos atuais 18% para 24% o investimento total da economia em relação ao PIB.
Também disse que encaminhará proposta de reforma tributária ao Congresso no começo do governo e prometeu reduzir pela metade o número de ministérios e extinguir pelo menos um terço dos CCs, além de implantar, onde for possível, um regime de metas aos funcionários públicos.
A presidente Dilma Rousseff salientou que fará uma reforma tributária “abrangente” para assegurar o crescimento do país. Além de voltar a dizer que há “surtos de pessimismo” que têm influenciado a economia, frisou as ações tomadas pelo seu governo para conter os efeitos da crise econômica mundial de 2008.
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Listou ações que, segundo ela, auxiliaram a indústria: forte desoneração de tributos, crédito subsidiado, direcionamento das compras governamentais, foco na educação técnica e científica, investimento na infraestrutura, diminuição da burocracia e fortalecimento das parcerias privadas, incluindo as concessões.
Dilma também negou que haverá um “tarifaço” depois das eleições e rebateu críticas à gestão, como o excesso de ministérios. Defendeu, ainda, uma reforma política e que mudanças sejam feitas com participação popular. Voltou a defender a necessidade de uma reforma trabalhista e disse que ela só será possível com o diálogo.