Pelo segundo dia, as defesas dos réus da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão, apresentaram seus argumentos aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Nesta terça-feira, falaram no plenário os advogados de Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos, Geiza Dias e Kátia Rabello. Todos usaram seus tempos de sustentação oral para desqualificar a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e reafirmar a falta de provas.
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O advogado de Tolentino, Paulo Sergio Abreu e Silva, chegou a comparar a denúncia apresentada pelo MP ao roteiro de uma novela das oito. No que foi seguido pelo representante de Simone Vasconcelos, Leonardo Isaac Yarochewski:
– Virou moda, porque é bonito falar. Até na novela das oito, a Carminha disse que ia processar a Nina por bando ou quadrilha – afirmou.
Os advogados dos quatro réus ligados a Marcos Valério – Paz, Tolentino, Simone e Geiza – sustentaram que seus clientes desconheciam as práticas de atividades ilícitas e o suposto esquema para compra de votos.
Os advogados de Simone e Geiza sustentaram que suas clientes apenas faziam o que seus patrões determinavam.
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– Ela (Simone) era empregada, o dinheiro não lhe pertencia. O que o patrão faz com o dinheiro não cabe ao funcionário questionar – sustentou Yarochewsky, que admitiu o uso de carro-forte para transportar os valores, usados para pagar dívidas de campanha.
Advogado da ex-presidente e atual acionista do Banco Rural Kátia Rabello, ex-ministro José Carlos Dias, negou que o banco fizesse empréstimos fictícios ao grupo de Valério.
A sessão foi encerrada por volta das 19h. Nesta quarta-feira, o STF retomada o julgamento a partir das 14h, com a sustentação oral de mais cinco advogados de defesa.