Uma sala do 8º Batalhão da Polícia Militar (PM) em Joinville será o destino dos quatro advogados presos na operação da Polícia Civil contra os atentados, no último sábado. No mesmo local está há seis dias a advogada Fernanda Fleck, presa em janeiro por suposto envolvimento na morte da agente penitenciária Deise Alves, no ano passado.
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Os advogados Gustavo Gasparino Becker, João de Souza Barros Filho, Simone Vissotto e Francine Bruggemann seriam transferidos na noite desta segunda-feira ou ainda na manhã de terça, conforme informou o comando da PM.
A transferência para o quartel atende ao pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), que afirma ser garantia do advogado ficar em sala de Estado Maior – com acomodação especial em local militar.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, em Florianópolis, o presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi Filho, disse que os advogados presos estavam recebendo tratamento como um detento comum, que não considera ser o correto.
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Os dois advogados haviam sido encaminhados para a Central de Triagem, na Capital, e as duas advogadas para o presídio de Jaraguá do Sul.
O presidente da OAB/SC afirmou que, numa medida extrema, poderá haver a suspensão preventiva dos advogados pelo Tribunal de Ética e Disciplina do órgão.
– Ainda temos dúvidas quanto à legalidade das prisões. Queremos acreditar que ainda vamos apurar não haver desvio desses colegas nesse caso – declarou Tullo Cavallazzi.
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Até esta segunda-feira, a OAB/SC não havia tido acesso ao conteúdo do inquérito. Um pedido judicial foi feito à juíza Jussara Schittler dos Santos Wandscheer, da 3ª Vara Criminal de Blumenau, responsável por decretar as prisões temporárias de 30 dias dos suspeitos.