Os advogados de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, pediram ao Tribunal de Estocolmo, da Suécia, que retire a ordem de captura contra seu cliente, indicaram nesta segunda-feira.
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A defesa se baseia na decisão de 5 de fevereiro de um grupo de trabalho da ONU, que considera que Assange – refugiado na embaixada equatoriana em Londres – é vítima de uma ordem de detenção arbitrária.
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Os advogados indicaram ter pedido, com base nesse novo elemento, o reinício do procedimento para questionar a ordem de captura europeia, que já perderam uma primeira vez ante o tribunal e a corte de apelações de Estocolmo, assim como ante a Suprema Corte sueca.
– Queremos que reexaminem a decisão e a anulem – declarou Tomas Olsson.
– Penso que (a decisão do grupo de trabalho da ONU) é um fato importante e deve ser levado em conta – acrescentou.
A ordem de captura europeia foi emitida em novembro de 2010 para interrogar o australiano pelas acusações de estupro apresentadas três meses antes por parte de uma sueca. Depois de ter negado em vão essas acusações ante a justiça britânica, Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012.
Em março de 2015, os magistrados suecos aceitaram a ideia de um interrogatório em Londres, que ainda não ocorreu por complicações de procedimento.
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Assange, que nega as acusações, considera que a opinião do grupo de trabalho da ONU é uma “vitória de importância histórica” e pede o retorno de sua liberdade de movimento.