Na 26ª fase da Operação Lava-Jato, o advogado Douglas Franzoni Rodrigues teve a condução coercitiva decretada pelo juiz federal Sergio Moro. Há indícios de que ele recebeu pagamento de R$ 50 mil da Odebrecht.

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O dinheiro, parte do esquema de contabilidade paralela da empresa para pagamento de propinas, teria chegado às mãos do advogado por intermédio de uma pessoa identificada como “HS”. Para investigadores, é possível que se trate de Hilberto Silva, executivo da companhia.

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A investigação aponta que a entrega de R$ 50 mil para Douglas teria ocorrido no hotel Mercure, em Brasília, no dia 4 de novembro de 2014. O advogado estava hospedado no hotel no apartamento 109. A Lava-Jato quer descobrir os motivos que levaram a Odebrecht a fazer os supostos pagamentos, que teriam relação com uma obra identificada nas planilhas da empresa como “DP-ODB”.

Os investigadores sabem que Douglas já trabalhou no governo federal. Ele ocupou cargos na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ministério de Minas e Energia e Casa Civil. O advogado é apontado como sócio do Red Bar, no estádio Beira-Rio, cujas obras da reforma foram realizadas pela Andrade Gutierrez, outra empreiteira do cartel desbaratado pela Lava-Jato. Douglas também foi advogado de Anderson Dorneles, ex-assessor especial da presidente Dilma Rousseff que deixou o cargo no início do ano. Ambos costumavam ser vistos juntos circulando por Brasília.

Zero Hora não conseguiu contato com Douglas.

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