Tem sido cada vez mais comum ouvir as pessoas criticando a tal “indústria das multas”, mas a maioria não leva em consideração que as notificações aplicadas por meio pessoal (agente de trânsito) ou radares são penalidades àqueles que não respeitam a legislação vigente, ou seja, não estamos tratando de um sistema aleatório ou uma roleta-russa, com exceção de alguns abusos que devem ser coibidos. Infelizmente, por mais que se invista em educação preventiva (o que não é realidade em nosso país), os cidadãos somente se lembram das leis de trânsito ou dos princípios de boa convivência em sociedade, a partir do momento que a punição afeta o bolso!

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Outros casos de infrações frequentes são os cidadãos que levam cães – ou outros animais – para passear nas praias, mesmo sabendo que podem causar doenças alérgicas em pessoas e que existe legislação proibindo que animais transitem nesses locais. O lixo depositado em vias públicas, terrenos baldios e balneários de veraneio é outro problema clássico, o qual merece punição pecuniária. Afinal, podem resultar num problema coletivo! Perdeu-se a essência daquele passado recente, quando o vizinho cuidava – no sentido de proteger – do outro vizinho (microconvivência).

Princípios repassados pelos avós eram considerados cláusulas pétreas e, quando desrespeitados, punidos com castigos. A conversa e a orientação já não revertem em resultados, sendo imprescindível mais rigor, através das multas para se manter a ordem (macroconvivência). Dependendo do ponto de vista, a sociedade até evoluiu. Caso pretendam levar à falência a tal “indústria das multas”, a solução é simples: basta respeitarem as leis. Enfim, o que existe é uma indústria da falta de respeito.”