“Conforme veiculado pela imprensa, Santa Catarina tem operado no limite do fornecimento de gás natural. Indústrias produzem menos e contratos são declinados pelo governo por falta de disponibilidade de molécula de gás natural liquefeito. Enquanto o Brasil encontra óbices inexplicáveis, nossos maiores concorrentes – China e EUA – despontam com os incentivos energéticos conquistados.
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A perspectiva do governo chinês é de que seus investimentos em produção de gás natural alcancem até 2015 mais que o dobro do volume que o país importa hoje. Por outro lado, os EUA se beneficiam com a revolução do shale-gas (gás de xisto). Desde que iniciada, a extração do gás de xisto criou centenas de milhares de empregos e propiciou o fornecimento a um valor barato, o que se traduziu em vantagem para a indústria local e alívio aos preocupados com segurança energética.
China e EUA deram vazão aos problemas de fornecimento de energia. Além de desenvolverem novas técnicas para atender a demanda, repassaram o êxito aos consumidores pela redução das tarifas. Enquanto isso, a segurança energética do Brasil tenta se equilibrar a duras penas entre problemas de energia elétrica, falta de gás natural e erro no cálculo das tarifas. As medidas do governo federal não foram suficientes para elevar a competitividade da indústria.
A resposta às questões de deficiência do Estado na prestação de serviço público essencial pode estar fora do regime de monopólio. A complexidade do modelo pós-moderno não mais compreende moldes fechados de gestão. A figura do produtor independente contempla a competitividade e a individualidade,salutar ao desenvolvimento, evidenciando a necessidade de reforma e modernização do Estado.”
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