O advogado, Marco Aurélio Marcucci, e a família de Gabriella Custódio Silva – morta com um tiro no peito em 23 de julho – querem a prisão de Leonardo Natan Chaves Martins, de 21 anos, marido e principal suspeito de atirar contra a jovem. Para o advogado, a apresentação espontânea do suspeito não impede o pedido da prisão preventiva e ele acredita que tenha havido obstrução de justiça e destruição de provas por parte do suspeito.
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— Tecnicamente não existe disparo acidental um uma pistola calibre 380, não tem como ser um tiro acidental com essa pistola porque tem uma trava de segurança. Além disso, o celular da vítima, chave do carro e a arma do crime não apareceram. Isto é destruição de prova, obstrução de justiça e tem que ser solicitada a prisão preventiva — afirma.
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (29), o advogado demonstrou com uma arma similar da usada no dia do crime, sem munições, que não há possibilidade de tiro acidental porque a pistola é automática. Ele ainda afirmou, com base no angulo do tiro que a vítima recebeu, que não há como o disparo ter sido acidental porque atingiu o peito da vítima.
A versão de tiro acidental foi apontada pelo suspeito durante depoimento à Polícia Civil na última quinta-feira (25), após se apresentar com a presença do advogado Pedro Wellington Alves da Silva. Em depoimento, o companheiro de Gabriella afirmou ter atirado por acidente uma arma pertencente a seu pai, Leosmar Martins. O homem teria adquirido a pistola um dia antes da morte da jovem.
À reportagem, o advogado de defesa do suspeito informou que ainda não teve acesso aos depoimentos prestados pela família da vítima à polícia na última sexta-feira (29). O advogado afirmou que só irá se pronunciar depois que tiver acesso aos documentos.
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Segundo o delegado Elieser Bertinotti, responsável pelas investigações, tanto Leonardo quando o pai dele não possui posse e nem porte de armas, o que denota a aquisição ilegalmente. Leomar deve ser ouvido na tarde desta segunda-feira (29) sobre o caso (podendo permanecer em silêncio no interrogatório). O delegado ainda informou que não descarta inquirir novamente o suspeito nos próximos dias.