Um advogado de 37 anos foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão por duplo homicídio na madrugada desta quarta-feira (20). Osmar Unisesky Junior é acusado de matar o pai e a meia-irmã a tiros. O crime aconteceu em setembro de 2018, no bairro Brasília, em São Bento do Sul, cidade do Planalto Norte catarinense.
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Conforme denúncia do promotor de justiça Djônata Winter, o crime foi cometido por motivo torpe, já que o homem não aceitava a divisão da herança com a jovem Franciele Jelinsky, de 19 anos, recém reconhecido como filha pelo pai, Osmar Unisesky, de 61.
O julgamento iniciou às 9h de terça-feira no Tribunal do Júri de São Bento do Sul e adentrou a madrugada. A sentença foi definida após cerca de 16 horas de júri. Testemunhas e réu foram interrogados via videoconferência, para evitar deslocamento devido aos protocolos de segurança da pandemia da Covid-19.
Ao g1, César Godoy, advogado que faz a defesa do condenado, disse que vai se reunir com os demais integrantes da defesa para analisar a condenação para decidir se haverá pedido de recurso.
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– Em princípio, a gente entende que a pena foi adequada pelos fatos, mas vamos analisar ainda – destacou.
O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, o advogado foi até uma sala no escritório da família onde estavam o pai e a meia-irmã e parou à porta para conversar com as vítimas. Poucos minutos depois, ele sacou uma arma de fogo e disparou uma vez contra o pai.
Percebendo que a arma estava sem munição, Osmar Júnior saiu para recarregá-la e foi seguido pelo seu pai, bastante ferido. O homem tentou conter o filho que, com a arma já recarregada, viu o pai caído no chão e efetuou outro disparo. Desta vez, na vez na cabeça.
Em seguida, segundo o MP, ele voltou ao escritório e percebeu que Franciele havia se trancado no local, enquanto ligava para a polícia. Osmar tentou atirar na porta na tentativa de entrar no local, mas sem sucesso, foi até a janela lateral da sala onde estava a jovem e atirou novamente, acertando seu braço e cabeça. O pai e a irmã morreram no local.
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O homem, preso desde o crime, seguirá na Penitenciária Regional de Itajaí.
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