Segue a novela. Ainda sem uma resposta do São Paulo depois de ter feito uma proposta superior a R$ 7 milhões, o Inter continua à espera do acordo. Caso isso não aconteça, conforme falou o presidente Giovanni Luigi em meio à festa de 103 anos do clube, na noite de sexta-feira, no Beira-Rio, tudo será decidido juridicamente no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
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Na tarde deste sábado, o advogado do Inter, Daniel Cravo, criticou a postura do São Paulo e afirmou que a pretensão do clube paulista não tem amparo legal.
– O Oscar não é uma bola, mas sim um trabalhador. Não quero fazer qualquer manifestação desrespeitosa ao São Paulo, mas se seguem as afirmativas de fazer valer o desejo do São Paulo, é no mínimo uma posição dura. Desejo, podemos ter vários. O São Paulo pode ser indenizado, mas não tem direito de exigir a volta do jogador. Pode cobrar a cláusula penal, hoje chamada de cláusula indenizatória. É uma pretensão que não tem amparo legal e que afronta a constituição e a Lei Pelé – declarou Cravo, em entrevista ao jornalista Sérgio Boaz, da Rádio Gaúcha.
O advogado ainda comentou que o assunto pode estar fugindo do foco da questão. A prova seria o fato de o Inter ter viajado a São Paulo e respeitado a agenda do clube paulista, junto com os representantes de Oscar.
– O São Paulo não tem direito algum além da compensação financeira. Mas se continuar entendendo que tem o direito de exigir o retorno do atleta, é evidente que é uma situação de intransigência indisfarçável. Não podemos pensar nem com o coração, nem com o fígado. Se o jogador diz que não quer voltar ao São Paulo, o clube tem direito indenizatório. Apenas isso. Os números foram superiores a R$ 7 milhões. Considerando o que foi apresentado, se esta demanda final for vencida, acredito que o São Paulo não receberá muito mais do que foi oferecido – concluiu.
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