Um pouco antes da Copa das Confederações, movimentos populares – até que se prove o contrário – iniciaram uma série de manifestações contra a realização da Copa do Mundo em nosso país. O vandalismo travestido de democracia acabou atingindo somente cidades pontuais e não se ramificou pelo restante do território nacional, por mais que exista uma rejeição em massa contra a corrupção. Estádios superfaturados, obras inacabadas ou sequer iniciadas, enfim, prevaleceu o jeitinho brasileiro que atinge boa parte da nossa sociedade. Por outro lado, por mais que existam erros, a Copa das Confederações foi realizada e não presenciamos este vexame mundial que muitos gostam de propagandear.

Continua depois da publicidade

Devemos acabar com esta autoflagelação, mania que alguns brasileiros têm de menosprezar o que é nosso, de repelir os ídolos verde-amarelos, de achar que somos o patinho feio do mundo. A França tem sofrido com a ação dos pickpockets (batedores de carteiras) nas estações de metrô. Os EUA e outros paísesda Europa vivem o drama do terrorismo. A Rússia carrega a sombra da máfia. Na Itália, da mesma forma que no Brasil, o campeonato nacional já sofreu intervenção por causa da corrupção e por violência das torcidas, que atingiu igualmente a Argentina. O México agoniza com a carnificina promovida pelos cartéis das drogas. Enfim, não existe país com conduta irretocável ou livre de problemas, sejam de ordem financeira, social ou política. Vencer a Copa é o desejo de qualquer país.

Para nós brasileiros conquistar o título amenizará as críticas e perder potencializará o pessimismo. Fora isso, a vida segue. Teremos a oportunidade, nas eleições de outubro, de nos manifestarmos de forma inteligente. Portanto, durante a Copa do Mundo, sejamos “apenas” patriotas.