Na mesma linha adotada desde o início do processo do mensalão, o advogado do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, pede a apuração de suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema.
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Os embargos de declaração foram apresentados na quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o conteúdo foi divulgado apenas nesta sexta-feira pelo advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa.
O defensor de Jefferson pede que o Supremo envie parte do processo ao Ministério Público para que o órgão inicie uma ação contra Lula na Justiça de primeiro grau, uma vez que o ex-presidente não tem mais prerrogativa de foro.
Corrêa também argumenta que seu cliente não poderia ter sido julgado pelo STF, pois perdeu o mandato na Câmara dos Deputados e não tinha mais prerrogativa de foro.
Outra alegação da defesa é que os parlamentares não podem ser processados, civil e penalmente, por suas opiniões, palavras e votos. O advogado também aponta confusão de papeis no STF, pois o ministro Joaquim Barbosa está despachando no processo ora como presidente do Supremo, ora como relator.
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Segundo ele, determinados ritos do processo são de responsabilidade do sucessor do ministro Carlos Ayres Britto, que ocupava a presidência do STF quando o julgamento do mensalão começou.