A decisão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de entregar documentos a um comitê do Senado sobre a investigação a respeito da venda e uso ilegal de esteróides entre atletas de ponta foi saudada por um advogado que representa Marion Jones, tricampeã olímpica.
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Jones está entre os atletas de ponta que testemunharam no ano passado em um grande júri federal que investigou o laboratório Bay Area Laboratory Co-Operative (Balco), que está no centro de um escândalo de esteróides. Ela negou ter tomado substâncias que melhoram o desempenho.
– As notícias são ótimas, transparência é nossa amiga neste tema – disse em comunicado na terça, dia 27, Joseph Burton, advogado de Jones. – Nada em seu testemunho dá base para a Usada (agência antidoping dos EUA) tomar ação contra ela.
Os documentos entregues pelo Departamento de Justiça são uma resposta a uma convocação emitida neste mês pelo Comitê de Comércio do Senado, que está investigando se atletas olímpicos dos Estados Unidos estão usando drogas proibidas para melhorar o desempenho.
O senador republicano John McCain, do Arizona, presidente do comitê, quer saber se os atletas estão usando substâncias proibidas que são difíceis de serem detectadas pelos atuais métodos de testes de drogas, e qual a dimensão do problema.
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A porta-voz do Departamento de Justiça, Monica Goodling, tinha poucos detalhes sobre os documentos que o comitê recebeu e afirmou apenas que há papéis produzidos como parte da investigação do governo sobre o uso de esteróides no esporte.
A decisão de entregar os documentos também foi comemorada pelo chefe da Agência Mundial Antidoping (Wada), Dick Pound.
– Acho que as pessoas nos Estados Unidos estão reconhecendo que têm um problema, e não somente o restante do mundo – disse Pound em seu escritório em Montreal. – Eles estão tentando avançar o mais rápido possível. Há muita preocupação, o público norte-americano não quer mandar atletas a Atenas que podem ter que voltar.
Quatro homens foram indiciados por um grande júri federal por acusações de conspiração relacionadas a esteróides ilegais.
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As informações são da agência Reuters.