O advogado da nadadora Joanna Maranhão, Carlos Gil Rodrigues, classificou como jogada jurídica a ação movida por Eugênio Miranda e seu advogado, João Olympio Mendonça, contra a atleta e sua mãe, Teresinha, por difamação. A nadadora acusa seu ex-treinador de abuso sexual.
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– Causou estranhamento, ele entrar por difamação e não por calúnia. Por que escolheu difamação? – questiona o advogado, explicando a razão de suas suspeitas.
– Na difamação, não existe fato determinante e não cabe exceção (comprovação) da verdade. Na calúnia, sim. Escolhendo difamação, ele tirou a condição de defesa de provar a verdade. Esta é uma jogada jurídica, um artifício que existe e é utilizado – completou.
Segundo ele, mãe e filha ainda não receberam a citação oficial da Justiça. Quando isto acontecer, a defesa terá cinco dias para se pronunciar, prazo depois do qual o juiz decide se aceita ou não a ação de Miranda.
Além do processo criminal, Mendonça afirmou que seu cliente entrará na Justiça Civil com um pedido de indenização por danos morais. Entretanto Rodrigues descarta esta possibilidade.
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– É improvável que eles entrem no civil porque se isto acontecer, ela entra com a contestação e apresenta uma reconvenção – explicou.
Na prática, reconvenção significa que Joanna deixaria de ser ré e passaria a autora da ação, podendo acionar Miranda na Justiça Civil também.
– Não estamos preocupados de forma nenhuma. Esta mancada (processo civil) é a salvação – garantiu Rodrigues.