O bancário Ricardo Neis, que atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre no início do ano, será ouvido nesta sexta-feira, às 9h30min, no Fórum Central, no seu primeiro pronunciamento em juízo sobre o caso.

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A defesa levará cinco testemunhas ao local. Uma delas estava no local onde ocorreu o episódio. As outras quatro dizem já ter sofrido agressões de ciclistas, como Neis sustenta ter recebido.

Além disso, o advogado Marco Alfredo Mejia adiantou a Zero Hora que pedirá a reconstituição do cenário e da trajetória de Neis. A intenção é provar que o seu cliente foi agredido antes de ter, segundo a defesa, reagido.

Apesar de o acesso à sala de audiências ser proibido, haverá, em frente ao local, a presença de pessoas que protestarão contra Neis. Por meio do Facebook, o grupo Massa Crítica convidou mais de 3 mil pessoas – e, até o final da tarde de ontem, 225 haviam confirmado a presença.

– Não quer dizer que todos vão, mas acho que, apesar do horário ruim, muitas pessoas demonstrarão sua contrariedade. O que nós esperamos é que, no depoimento dele, ele demonstre mais a consciência do erro que cometeu do que o medo de ser punido – comentou Cadu Carvalho, do Massa Crítica.

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Entenda o caso:

Na sexta-feira, 25 de fevereiro, pouco depois das 19h, ao menos 15 ciclistas foram atingidos por um Golf, na Rua José do Patrocínio, na área central de Porto Alegre. Oito deles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro e liberados algumas horas depois. O motorista fugiu do local.

O carro foi encontrado na madrugada de sábado, abandonado em um bairro da zona leste da Capital. O motorista foi identificado pela polícia como Ricardo Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central.

Na segunda-feira, 28 de fevereiro, Neis se apresentou à Polícia Civil e alegou legítima defesa dele e do seu filho de 15 anos.

VÍDEO: o momento do atropelamento

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