Advogado alega que Rebeca não teve como se defender

O advogado da nadadora Rebeca Gusmão, Breno Tannuri, disse que o Comitê Executivo da Odepa tomou a decisão de retirar as medalhas que sua cliente ganhou no Pan do Rio sem lhe dar direito de defesa. Por decisão da Organização Desportiva Pan-Americana, Rebeca perdeu as medalhas de ouro das provas dos 50m e 100m livre, a de prata no revezamento 4x100m livre e o bronze no revezamento 4×100 medley. Exame apontou a presença de testosterona exógeno (não produzido pelo corpo).

Tannuri disse que não havia sido oficialmente comunicado pela Odepa. O advogado nem sabe ao certo se a entidade está baseada no processo de fraude ou na amostra positiva do exame da Fina. O COB confirmou a decisão da Odepa antes mesmo da abertura da contraprova de Rebeca em amostra de urina B, no laboratório de Montreal, no Canadá.

A amostra, em controle feito pela Federação Internacional (Fina), no dia 13, teve resultado positivo para testosterona e Rebeca está suspensa preventivamente. Rebeca também responde a processo que apura possível fraude em duas outras amostras de urina coletadas durante o Pan e que têm DNA diferentes.

A Odepa disse apenas “que os exames da nadadora Rebeca Gusmão e do levantador de peso Fabrício Mafra indicaram resultados analíticos adversos”. Fabrício também terá de devolver a medalha de bronze, na categoria 105 kg, do levantamento de peso.