A advogada Fernanda Fleck Freitas, 28 anos, presa há 10 dias acusada de participar da morte da agente penitenciária Deise Alves, deverá ser transferida do sistema prisional para uma sala em um quartel da Polícia Militar.

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A determinação, dada na última sexta-feira, é do juiz da 1ª Vara Criminal de São José, Otávio Minatto, o mesmo que decretou a prisão preventiva de Fernanda.

O juiz atendeu pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC). De acordo com a decisão, a que DC teve acesso, a sala deverá ser disponibilizada pelo comando geral da PM. O espaço não deverá ter grades e precisa ter instalações e comodidades adequadas.

A OAB pediu ainda, se não houver sala específica, que ela seja encaminhada para prisão domiciliar, mas esse pedido teve parecer contrário do Ministério Público.

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Fernanda foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina acusada de participar da morte da agente penitenciária Deise Alves, 30 anos, no dia 26 de outubro, em São José. Desde então, estaria no Presídio de Tijucas.

Fernanda não conseguiu explicar à polícia os motivos de ter visitado na cadeia os líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), responsáveis pela morte da agente, há três meses.

De acordo com autoridades das secretarias da Segurança Pública e Justiça e Cidadania, a prisão da advogada pode estar relacionada com a segunda onda de atentados no Estado.

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A detenção é considerada por elas como uma espécie de marco no corte das relações de comunicação entre os presos da facção e criminosos das ruas.

De acordo com a Comunicação Social da PM, até a noite desta segunda-feira, a advogada ainda não havia sido encaminhada para nenhum quartel da PM.