A advogada Janaína Paschoal começou sua explanação na Comissão Especial do Impeachment do Senado negando ser filiada a partido político. Ela foi convidada pela comissão para defender o pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Além de dizer que não tem filiação partidária, a advogada disse que não é golpista.

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— O processo não é partidário. Depois (de apresentado o pedido) os partidos de oposição abraçaram nosso pedido — disse.

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— Não quero mais ouvir que sou tucana. Nós apresentamos esse pedido porque eles (tucanos) são uma oposição fraca. Veja bem a minha personalidade e me diga se eu sou tucana.

Antes de Janaína, o advogado Miguel Reale Jr. falou por cerca de 25 minutos e, em seguida, respondeu a uma pergunta do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O senador disse que a edição de créditos suplementares é autorizada pela Lei Orçamentária de 2015 e que não houve dolo nas atitudes da presidente Dilma Rousseff.

— Um pedido de impeachment sem crime de responsabilidade, e eu estou convencido de que não houve crime de responsabilidade da presidente da República, é golpe — afirmou Lindbergh Farias.

Reale disse que as práticas atribuídas à presidente não foram isoladas em 2015, mas constituem uma ação continuada desde 2013. Ele respondeu ao senador que a presidente praticou, sim, crimes ao editar decretos sem autorização do Congresso Nacional.

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— Um crime de responsabilidade sem punição é uma forma de golpe — resumiu Reale.