A advogada Fernanda Fleck Freitas, de 28 anos, presa por suspeita de envolvimento com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção que atua nos presídios do Estado, e na morte de uma agente penitenciária de Florianópolis, no ano passado, foi transferida na noite desta quarta-feira para o 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, onde ficará em prisão preventiva.

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Ela chegou às 22h20 em uma van escoltada pelo Deap. O advogado, Bruno Damiani Vechi, foi comunicado da transferência, mas não veio junto com Fernanda.

Segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Eduardo Valles, a nova rotina no batalhão, com um preso de uma periculosidade maior, vai exigir mais segurança.

– Vamos nos organizar de forma mais cuidadosa, reforçar a estrutura e procedimentos internos -, avisa.

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Uma reunião já foi realizada ontem para tratar do assunto. No batalhão, Fernanda terá direito a horários de visita, de sol e da presença de advogado, segundo as normas já estabelecidas pelo comando geral da PM. Por determinação da Justiça, Fernanda ficará incomunicável com a imprensa. A entrada no batalhão também ficará mais restrita.

Detida em 25 de janeiro em sua casa, em Tubarão, no Sul do Estado, Fernanda estava presa em São José, na Grande Florianópolis. Por pedido da OAB/SC, porém, já que pessoas com formação superior têm direito a tratamento diferenciado, a Justiça determinou à PM do Estado que ela fosse transferida para um local sem grades e que tivesse mais conforto.

O comandante da PM no Estado, coronel Nazareno Marcineiro, informou então que havia espaço em Joinville e determinou que Fernanda ficasse aos cuidados do 8º BPM.

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Fernanda teve prisão decretada depois que seu nome apareceu em uma lista do MPSC com os denunciados pelo assassinato da agente prisional Deise Alves. A reportagem tentou contato, pelo celular, com o advogado de Fernanda. Ele não retornou.