No maior colégio eleitoral do país, os principais adversários do atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) – que tem 50% das intenções de voto, segundo o Datafolha – apostam no corpo a corpo na reta final da campanha para evitar a vitória do tucano no domingo.

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Em segundo lugar nas sondagens, Paulo Skaf (PMDB) dedicou a sexta-feira a caminhadas em quatro municípios da Grande São Paulo e no bairro Grajaú. Para este sábado, como encerramento das atividades, planeja um passeio pela Rua 25 de Março, onde funciona um dos mais populares centros comerciais brasileiros.

Já o petista Alexandre Padilha, afiliado político do ex-presidente Lula, reuniu em torno de si a cúpula do PT em passagem pelo centro da capital paulista. Desde a eleição de Fernando Haddad à prefeitura, em 2012, o partido sonha em chegar ao governo do Estado, tradicional reduto do PSDB, mas agora corre para tentar reverter a situação desfavorável.

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Apesar dos esforços de Lula, o ex-ministro da Saúde patina. Até agora, não passou de 11% das preferências nas pesquisas. Se confirmado, o fracasso será uma das maiores derrotas eleitorais do ex-presidente, acostumado a eleger seus pupilos, em uma disputa que a sigla classifica como prioritária.

Na sexta-feira, Padilha foi prestigiado não apenas pelo padrinho nas urnas, como também pelo prefeito Haddad, pela presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e por Eduardo Suplicy, que briga por uma vaga no Senado. Antes do início do ato, uma multidão se formou nas proximidades do Teatro Municipal. A maioria queria ver Dilma e Lula. Nem todos sabiam quem era Padilha.

– Eu nunca tinha ouvido falar – reconheceu a recepcionista Melissa Belisario, 18 anos, enquanto acompanhava a movimentação.

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– Antes, a gente tinha a opção da Marta (Suplicy). Agora, ninguém conhece o candidato do PT direito. Geraldo (Alckmin) não está fazendo um governo ótimo, mas é conhecido – complementou a copeira Elisângela Maria Lima, 36 anos.

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Quando as estrelas petistas subiram numa camionete para desfilar por cerca de 300 metros até a Praça da República, só se ouvia o nome de Dilma. Na tentativa de ganhar popularidade, Padilha ficou o tempo todo entre ela e Lula, distribuindo acenos e sorrisos. A questão é saber se, em dois dias, a estratégia será capaz de surtir algum efeito.

– O problema é que o povo de São Paulo é muito conservador. Não vota no PT com facilidade – resumiu o aposentado Ademir Aragon, 70 anos, que declarou o voto em Padilha.

Enquanto ele e Skaf dedicaram praticamente todo o dia a atividades políticas, Alckmin, em uma posição mais tranquila, usou o horário do almoço para pedir votos em Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Ele sequer se licenciou do cargo.

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* Zero Hora