Adriano Silva projeta aliança com Jorginho Mello e crava: “Preciso de ajuda do governo estadual”

Eleito prefeito de Joinville em 2020 com 55% dos votos, Adriano Silva (Novo) vai encarar os dois próximos anos de mandato com mudança na política catarinense, incluindo um novo governador e um deputado estadual de seu partido e cidade. A reportagem do AN conversou, de modo exclusivo, com o chefe do Executivo joinvilense, para ouvir as expectativas e conjunturas de Santa Catarina. 

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Para o prefeito, a eleição de Jorginho Mello (PL) ao cargo de governador é um cenário positivo. Ele destaca que, enquanto senador, o chefe do Executivo estadual era um parceiro de Joinville e peça-chave nas agendas da cidade com o governo federal, à época com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

— Um alinhamento de ideias e pensamentos — cita.

Adriano Silva explica que terá dois pilares fundamentais para tratar com Jorginho: ajuda com custos do Hospital São José e manutenção do Plano 1000. Conforme o prefeito, existe um compromisso do governador em assumir parte dos custos do hospital. De acordo com ele, 30% dos atendimentos são de pacientes que não moram em Joinville, o que prejudica os cofres municipais. 

— Se só isso fosse pago pelo governo estadual, já ajudaria. Estamos falando em torno de R$ 70 a R$ 80 milhões por que sobrariam no caixa da prefeitura para investir em outras áreas — expõe. 

Já sobre o Plano 1000, Adriano ressalta que a continuidade do programa é uma promessa do atual governador. O político do Novo afirma que alguns projetos da cidade foram pensados a partir desta verba. 

— Estou falando da duplicação da rua Dona Francisca, a duplicação da Santos Dumont, ponte Plácido Olímpio de Oliveira, Ponte Anêmonas, Ponte da Nacar, Almirante Jaceguay, etc. Eu preciso de ajuda do governo estadual — crava. 

Em conversa com o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, o prefeito de Joinville diz que uma decisão sobre a continuidade do programa estadual deve ser decidida até o fim de fevereiro. A expectativa da prefeitura é que ao menos algumas dessas obras sejam realizadas com verbas do Plano 1000. 

Caso o programa seja extinto, Joinville planeja utilizar um financiamento de R$ 200 milhões com Banco do Brasil para concretizar outras obras, entre elas, o Parque Porto Cachoeira, Palácio das Orquídeas e obras de pavimentação. 

— Está no pacote daquilo que o município pode fazer e o que era promessa de campanha. Eu não prometi nenhuma dessas duplicações, até porque eu sabia da falta de recurso — conclui. 

Quatro deputados estaduais de Joinville na Alesc

Com a ida de Estener Soratto (PL) para a Casa Civil do governo Jorginho Mello, o suplente Maurício Peixer (PL) assumiu uma cadeira como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Com ele, Joinville tem quatro legisladores estaduais, já que Sargento Lima (PL) e Fernando Krelling (MDB) conseguiram a reeleição e Matheus Cadorin (Novo) conquistou o primeiro mandato. 

Adriano Silva se diz otimista com os deputados e que vai honrar investimentos obtidos por eles, sem analisar o partido de cada um, para que o “joinvilense não seja penalizado por egos ou por decisões políticas”. 

Ele lembra que, em reunião com Jorginho Mello, os quatro deputados estavam presentes. 

— Mostrando que Joinville está unida, que nós temos um corpo político unido. O Executivo está alinhado com o Legislativo para que Joinville ganhe com isso — expressa. 

Prefeito destaca joinvilenses no governo estadual

A presença de pessoas de Joinville no governo Jorginho é um fator comemorado por Adriano Silva, em destaque a vice-governadora Marilisa Boehm (PL). 

— Parabenizo e agradeço Jorginho Mello por ter pensado numa vice de Joinville — diz.

Além dela, o prefeito cita os secretários Cleverson Siewert, na Fazenda, e Coronel Armando, na Defesa Civil.

— É fundamental a proximidade que essas pessoas vão ter com o município e nós com o governo — analisa.

Futuro do mandato e tentativa de reeleição

De acordo com Adriano Silva, a ideia de se candidatar em 2024, buscando a reeleição para prefeito de Joinville, está certa. Para ele, a decisão se trata de dar continuidade aos trabalhos realizados até agora. 

— Tomei a decisão de ser prefeito por amar a minha cidade, ver que precisava resgatar o orgulho do joinvilense por ela — expressa. 

Até a próxima disputa eleitoral, porém, o político do Novo ressalta que deve cumprir projetos na cidade, principalmente obras de infraestrutura, como as pontes da rua Nacar, a que deve ligar os bairros Adhemar Garcia e Boa Vista; parques itinerantes nas zonas Sul e Leste, além do Parque Porto Cachoeira, na região central. 

— Essas são as principais obras que esperamos executar nos próximos dois anos — finaliza.

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