Completando o terceiro ano de mandato neste ano, o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), vai se candidatar à reeleição em 2024. Ele conversou com a CBN Joinville nesta quinta-feira (21) e abordou temas relacionados à infraestrutura, concursos públicos, oposição na Câmara de Vereadores e eleições, por exemplo.

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Para o prefeito, a gestão até o momento tem sido guiada em fazer obras em ruas, na educação, saúde e no setor de cultura. O plano, conforme ele, e avançar etapas em outros projetos travados. Entre eles, estão o Parque Porto Cachoeira, o Palácio das Orquídeas e a estruturação da Vigorelli, que, conforme Adriano, deve estar pronta em março de 2024. Além disso, ele prevê o lançamento da licitação Ponte Joinville. 

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Como ponto negativo, o chefe do Executivo avalia que as parcerias com o setor privado estão mais lentas do que o imaginado, incluindo locais como a Arena Joinville e Mercado Público e a Cidadela Cultural Antarctica.

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— Levou muito tempo para ser aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um ‘ponto burocrático’  que atrapalhou e atrasou tudo. A burocracia impede muito — opina. 

Prefeito diz não ser contra concursos públicos

Criticado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej) para fazer mais concursos públicos, Adriano Silva afirma que não é contra a ideia, que a prefeitura prepara editais na saúde e educação que unam “várias frentes” e ocupe vagas deixadas por servidores aposentados, por exemplo. 

— Existem áreas que o concursado entrega um resultado melhor do que um temporário, por exemplo, os médicos da saúde da família e professores — pontua. 

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Conforme ele, a saúde pode ser considerada a área mais delicada do seu mandato, mas que, conforme o prefeito, se deve por “sequelas” da pandemia da Covid-19. 

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— Eu não fujo disso. Mas não podemos esquecer que vivemos uma guerra mundial chamada Covid-19, que parou a saúde do mundo e trouxe consequências internas para a saúde que nós ainda estamos correndo atrás do prejuízo. Nós paramos os preventivos e cirurgias eletivas para atender só casos graves. Hoje nós temos pacientes chegando nas nossas unidades básicas em casos avançados e doenças que acabaram não conseguindo fazer o preventivo — expõe. 

Relação com a Câmara de Vereadores

Adriano Silva passou boa parte da gestão com oposição praticamente nula na Câmara de Vereadores de Joinville. O cenário, porém, mudou nos últimos meses. Ele afirma que tem boa relação com a Casa e classificou os atritos como “fatos isolados”. 

— Infelizmente alguns vereadores, que estão vendo questões políticas partidárias para 2024, anteciparam campanhas e começaram a trabalhar como uma ‘oposição por oposição’, o que prejudica a cidade como um todo — reflete.

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Entre os legisladores que criticam o prefeito está um vereador do PL, mesmo partido do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, com quem Adriano diz ter ótima relação e de quem precisa ter apoio nas Eleições 2024. 

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— Já conversamos sobre esses posicionamentos aqui em Joinville, mas que não reflete a posição dele e nem a minha. Nós precisamos disso para ter apoio. Sou grato ao governador. Lamento a posição do vereador do PL e do outro vereador que se diz direita — desabafa. 

Planos para eleição de 2024

O político do Novo afirma que será candidato à reeleição com a chapa formada novamente com a atual vice-prefeita Rejane Gambin, da mesma sigla, repetindo a dupla de 2020.

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Além de receber apoio do PSD, o prefeito afirma que o Novo tem diálogo “bem encaminhado” com outros três partidos para as próximas eleições municipais. O PL, porém, está distante por conta dos conflitos entre Câmara e prefeitura.

— Na política nada é impossível de acontecer. Existe a abertura no PL estadual, mas a nível municipal está muito difícil a relação. É um partido extremamente forte e é comum que as lideranças cobrem que tenha um candidato na cidade. Nós estamos preparados, faz parte do jogo democrático — fala.

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Além disso, segundo ele, pensando em análise de conjuntura, a direita precisa se unir no Brasil. 

— Afinal, hoje estamos passando por um momento de um governo de esquerda no federal. Talvez seja culpa da própria direita que não soube se unir, ou ainda é muito imatura — finaliza.

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