Quem assistir à medalhista paraolímpica Ádria Santos participando da Joinville 10k, no dia 10 de abril, não precisa ficar surpreso ou preocupado. A atleta deficiente visual não está trocando as provas rápidas e de pista do atletismo, que a consagraram mundialmente, pelas de longa distância, realizadas em ruas.
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É que na segunda edição do evento foi escolhida para ser a madrinha da corrida na zona Norte da cidade e quer retribuir a homenagem correndo. Ádria Rocha Santos quer colocar mais uma medalha de ouro em sua coleção. Correr na rua não é sua especialidade, mas também está longe de ser uma novidade para ela.
Em duas oportunidades, Ádria participou de provas de seis e de cinco quilômetros, em Belo Horizonte e em São Paulo. Esta será a primeira vez em Joinville, onde mora há anos.
– Fiquei muito feliz com o convite para ser madrinha da corrida. É sempre bom ser lembrada e homenageada – comemora.
A emoção da homenagem dará lugar à competitividade quando Ádria amarrar os tênis e começar o aquecimento para a prova. Como qualquer outro atleta, ela não gosta de perder. Mas, neste caso, para ela, vencer significa superar os próprios limites.
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– Já corri essa distância em 24 minutos. Meu principal objetivo é baixar essa marca -diz Ádria, que participará da categoria cinco quilômetros.
Como ocorre quando disputa as provas rápidas, de 100 e 200 metros, na pista, Ádria correrá com o guia Rafael Krub. Depois da Joinville 10k, Ádria volta atenção aos treinos para as competições que começam em agosto.
No final do ano, a intenção é ir bem no Parapan-americano e, no ano que vem, estar na sétima Paraolimpíada seguida.
Previsão de 500 atletas no asfalto
Além de Ádria, mais 500 pessoas devem gastar o solado do tênis no asfalto da avenida Edgar Nelson Meister, no bairro Bom Retiro, no dia da prova. Essa é a expectativa da organização da Joinville 10k, que vai ser disputada pela segunda vez na cidade.
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As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 7 no site www.joinville10k.com.br. A taxa é de R$ 50. Neste ano, a novidade está na inclusão de novas categorias, com a participação de deficientes físicos e visuais, como Ádria Santos, e cadeirantes.
Na hora da corrida, eles largarão junto com o restante do pelotão. Apenas os atletas cadeirantes começarão a prova dez minutos antes. Os inscritos podem escolher se correm a prova de 10 km ou a metade do percurso.
Os deficientes físicos, visuais e cadeirantes só poderão competir na de menor distância, assim como os jovens entre 16 e 17 anos. Apesar de serem maioria, os inscritos da região terão que competir com gente que vem de fora.
A organização já registrou a presença de pessoas de Curitiba e de São Paulo entre os mais de 250 que confirmaram a participação na Joinville 10k. Um dia antes da prova, caso o número de 600 competidores não tenha sido atingido, as inscrições também poderão ser feitas. Mas o preço será um pouco mais salgado: R$ 70.
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Elas vão correr e contar tudo
Carolina Spricigo, Fernanda Lüttke e Raquel Schiavini têm muito mais em comum do que se encontrar, todos os dias, na redação de A Notícia. As três são jornalistas-atletas e, sempre que podem, trocam as letras pelas pistas de corrida. O próximo desafio delas é correr a Joinville 10K.
A prova tem percursos de cinco e dez quilômetros e as três já se preparam. Para contar como é essa preparação do corpo para a prova e para as corridas do dia a dia, na academia ou na rua, elas criaram um blog, hospedado no AN.com.br.
O Mulheres na Pista vai ser o diário de atleta das três, que vão detalhar seus treinos, contar as alegrias e dificuldades e tentar, claro, servir de estímulo para quem também encontrou na corrida o esporte preferido. E o leitor poderá trocar ideias com as corredoras.
Confira o blog Mulheres na Pista.