Uma das maiores velocistas cegas do mundo, a brasileira Ádria Santos, que treina em Joinville, disputa a sexta edição da Golden League a partir desta sexta, dia 1º, no Stade de France, em Paris. Pela primeira vez, o evento abre provas para atletas com deficiência e Ádria é a única paraolímpica brasileira que vai representar o Brasil.
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A competição é uma das maiores do calendário da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf). Ádria vai correr os 400m rasos ao lado de uma das suas principais adversárias, a francesa Assia Hannouani, que ficou com o ouro em Atenas e bateu o recorde mundial com o tempo de 53s57. Ádria fez 57s46 e obteve a prata.
– Acabo de competir no Circuito Nacional, o que me deu ritmo para a Golden League. Vou para representar bem o Brasil e sei que a prova será muito difícil, mas o atleta de alto nível precisa sempre encarar seus principais adversários, isso faz a diferença – afirma a atleta.
A última vez que Ádria esteve em Paris foi em 2003, quando competiu no Mundial da Iaaf, conquistando a medalha de ouro e o recorde mundial dos 200m.
Ádria é a maior medalhista do Brasil em Paraolimpíada, com 12 medalhas, quatro ouros e oito pratas, e é a atleta que já participou de mais edições dos Jogos, cinco ao todo.
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A atleta perdeu a visão ao longo dos anos por causa de uma doença degenerativa: a retinose pigmentar, além de um astigmatismo de nascença.