Se 2021 fosse agora, ainda assim a Escola Municipal Adolpho Bartsch superaria a nota estabelecida pelo Ideb como meta mínima para que o País alcance a média dos países desenvolvidos, que é nota 6,0 no fim do primeiro ciclo do ensino fundamental (4ª série/5º ano).

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O desempenho da instituição de ensino localizada no distrito de Pirabeiraba garantiu a ela a nota 8,9, a melhor do Estado e quarta melhor do Brasil entre as escolas municipais. A evolução começou em 2009, quando a atual direção assumiu o cargo e elevou a qualificação em dois pontos nos últimos sete anos, colocando-a no posto mais alto de destaque estadual: a melhor de SC na avaliação do Ideb.

Para mapear os caminhos que colocaram a escola nesta posição, um primeiro passo está na imensa apostila que os professores recebem no início do ano letivo, com orientações para as atividades com as turmas de 1º ao 5º ano que representam a maior parte dos 413 alunos matriculados (há turmas de educação infantil, para jovens e adultos).

O que as escolas de Joinville fazem de diferente para se destacar no Ideb

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A apostila é produzida em conjunto com o corpo docente e todos os anos ganha modificações, mas simboliza a diferença esperada pelo diretor da unidade, Fábio Doin, e pela auxiliar de direção, Michéle Karine Sansão.

– Não posso cobrar do professor se não tiver dado um rumo antes. Além disso, os pais e a criança precisam saber o que será avaliado – ressalta Michéle.

Avaliação, aliás, não é uma palavra que assusta os alunos: a cada 15 dias, os estudantes do 3º ao 5º ano passam por uma prova de simulado que será corrigida em sala de aula na semana seguinte. Desta forma, a equipe gestora pode avaliar o desempenho das turmas e discuti-lo com os professores. Isso garante também que eles estejam familiarizados com diferentes formas de avaliação e saibam interpretar melhor os enunciados.

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Entre as iniciativas da gestão escolar na Adolpho Bartsch estão parcerias com empresas que auxiliam no desenvolvimento, o que dá a ela autonomia financeira.

Atualmente, uma empresa do setor químico de Joinville repassa um valor mensal que pode ser utilizado na estrutura ou na prática pedagógica; e um acordo com uma empresa de tecnologia levou um armário de carregamento e sincronização de tablets em fase de teste para os equipamentos usados em sala de aula – pelos quais os professores passaram por uma formação continuada em tecnologia para garantir o uso pedagógico.

Todos os anos, a equipe define metas que precisam ser iniciadas e concluídas no ano letivo e, com a ajuda de pais, professores e da comunidade arrecadam fundos e executam o projeto.

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