Por ora um esqueleto de vigas e colunas de concreto enegrecidas pela ação do tempo, o Edifício América é protegido por parede apenas no térreo e oferece quase nenhum obstáculo para invasores. Para entrar, alguns esgueiram-se por uma cerca de arame nos fundos do terreno, mas a maioria prefere cruzar o estacionamento ao lado, onde os funcionários liberam a passagem para evitar confusão.
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Entre poças d?água e colunas marcadas por pichações, jovens sobem as escadarias não só para usar drogas, mas em busca dos melhores ângulos para se fotografar aproveitando ao fundo a vista panorâmica da cidade, do rio Itajaí-Açu e do pôr do sol. Há latas de alumínio, restos de embalagem e uma página solta do livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo, espalhados pelo chão. Na cobertura, água parada e sujeira se acumulam.
Confira no vídeo abaixo a situação do Edifício América:
Uns vão para namorar (de janelas vizinhas, casais já foram flagrados no prédio transando à luz do dia), outros abandonam as mochilas e sentam-se em roda na cobertura do prédio de 10 andares.
Sem qualquer proteção, chegam muito perto da beira do edifício apoiando-se apenas em pontas de ferros carcomidos; uma adolescente inclusive chega a se sentar na beirada da cobertura. A aproximadamente 30 metros de altura, balança as pernas como se estivesse sentada num banco.