O adolescente de 14 anos, suspeito de dar um tiro na cabeça do próprio pai, de 53 anos, na semana passada, apresentou-se na delegacia da Polícia Civil de Brusque na tarde desta quarta-feira (26) após se esconder por dias. Acompanhado pela mãe e pelo advogado da família, o jovem deu sua versão do ocorrido, confessando o disparo com revólver calibre 32. Ele alegou legítima defesa.

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Apesar do relato do adolescente, a Polícia Civil desconsidera a legitíma defesa, já que a vítima foi atingida enquanto estava no banheiro e com um tiro certeiro na cabeça. Ainda de acordo com as investigações, uma testemunha contou aos agentes que viu o jovem provar o sangue do pai após ter feito o disparo, sem qualquer demonstração de remorso. 

Testemunhas também revelaram às autoridades que as discussões entre os dois eram recorrentes e seriam sempre por motivos banais.

— Vários fatores nos fazem desacreditar da versão contada pelo jovem. A primeira é que a vítima foi atingida enquanto estava no banheiro, ou seja, indefesa e despreparada. A outra, é que o suspeito relatou que o pai era violento, mas ele poderia optar por morar com a mãe, que também reside em Brusque — conta o delegado Alex Bonfim Reis.

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Mesmo com os indícios, as investigações continuam, para que o motivo realmente seja esclarecido e o inquérieto finalizado. O Poder Judiciário determinou a internação provisória do jovem, o que já foi feito na tarde desta quarta. O pai segue no hospital em estado grave.

*Estagiário sob supervisão de Bianca Bertoli.