Um adolescente de 17 anos foi vítima de um assassinato brutal em Xavantina, no Oeste de Santa Catarina. A investigação da Polícia Civil revelou que dois suspeitos, de 18 e 37 anos, amarraram Kauã João Freitas em uma árvore e o mataram, em abril, com cortes no abdômen que formavam o desenho de uma cruz. Em seguida, cortaram as partes do corpo e espalharam pelo mato no interior do município. Os restos mortais da vítima foram encontrados nesta quarta-feira (8).

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A motivação, de acordo com a Polícia Civil, teria sido porque o homem mais velho acreditava que o adolescente fazia insinuações para sua esposa. Kauã morava em Chapecó, quando, em 14 de abril, foi para o município vizinho Xaxim, para trabalhar. Lá, ele foi surpreendido pelos dois homens, que o levaram para uma chácara em Xavantina, cidade ao lado. 

A operação na quarta-feira começou em Xaxim. Os policiais foram até a casa do suspeito de 18 anos, que confessou, segundo o delegado Vagner Papini, que teria participado da morte do adolescente. Depois, a equipe seguiu até um sítio em Xavantina, cujo dono é o suspeito de 37 anos. 

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O inquérito apontou que os dois teriam convencido o adolescente a ir com eles para o mato, e lá, o amarrado pelas mãos em uma árvore próxima a um riacho. Eles teriam falado para Kauã que o matariam. A vitima teve dois cortes feitos em formato de cruz no abdômen — os suspeitos confessaram que foi esse o ferimento que levou a morte do adolescente.

Para esconder os vestígios do crime, os suspeitos desmembraram o corpo de Kauã. Em depoimento, um dos suspeitos teria afirmado que, primeiro, cortaram a cabeça, depois, os membros superiores e inferiores. Os restos mortais, como os braços, foram escondidos em tocas de tatu espalhadas pela echácara. Já o tronco teria sido levado para outro lado do riacho. 

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Na operação de quarta, policiais civis e militares e cães farejadores encontraram também pedaço da corda utilizada para amarrar Kauã e um tênis que o adolescente usava no dia em que desapareceu. De acordo com o delegado, o inquérito será enviado para a Justiça.

— As buscas duraram oito horas e ainda continuam. Entretanto pelo terreno ser íngreme e pelas fortes chuvas, nós acreditamos que as partes do corpo foram levadas pelo rio — explicou. 

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Apesar de não terem encontrado o corpo de Kauã, os policiais já possuem provas suficiente para o crime, segundo o delegado:

— Já temos a materialidade do crime, com tênis, corda e confissão. 

Os dois suspeitos tinham antecedentes criminais e foram presos temporatiamente no presídio de Chapecó.