Adilson Batista está de volta ao Orlando Scarpelli. Depois de seis anos longe de Florianópolis o técnico retorna ao Figueirense com uma missão mais complicada do que assumiu em 2005, quando foi contratado pela primeira vez no Alvinegro. Desta vez ao invés de salvar a equipe do rebaixamento, o técnico tem que colocar o clube de volta na primeira divisão.
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O treinador foi confirmado como novo comandante no dia 8 de novembro. E na tarde desta terça-feira, 13, pontualmente às 12h30min o treinador foi apresentado oficialmente no Memorial no estádio Orlando Scarpelli. Adilson Batista chegou junto com o presidente Wilfredo Brillinger e o vice de Futebol Vanderlei Silva. Sorridente, o técnico salientou que está motivado para o desafio e que se sente como um “menino”.
– O Wilfredo esteve na minha casa em Curitiba e é um clube que eu sempre tive respeito e acompanhei. Aceitei esse desafio porque estou percebendo que aqui tem ambição. Venho com a alegria de um menino sabendo da responsabilidade e da importância de vencer. Quero um grupo competitivo e dedicado para a competição – explicou Adilson Batista.
Adilson vai trabalhar com Leandro Nieuhues, novo coordenador de Futebol do Figueirense, com quem já trabalhou no Atlético-PR. Pela proximidade com Leandro as negociações de jogadores já estão adiantados. O técnico não quis revelar nenhum, assim como não quis comentar que ele tem o desejo que continue no clube.
– Eticamente não será correto eu fazer uma análise dos jogadores até por estar de fora. Eu acompanho o Figueirense por morar perto, eu moro em Curitiba, por conhecer o clube, gostar daqui e ter amigos aqui. Agora, essa avaliação vai ser feita internamente. O Fernandes é um menino muito bom e me ajudou em 2005 e 2006 e tem caráter e personalidade. Nós vamos conversar para definir realmente o que a gente quer para 2013 – disse.
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Confira a entrevista com Adilson Batista
Depois de passar por vários clubes nos últimos anos, você acha que o Figueirense precisa de você, e você do clube?
Adilson Batista – Acho que um precisa do outro. Eu tenho o meu valor e o Figueirense tem um história linda e maravilhosa e em 2013 vai atrás de resgatar sua história. O time tem comando e está preparado para voltar. Às vezes isso acontece no futebol, faz parte você tem que aprender a conviver com isso. Eu venho mais preparado, experiente e quero contribuir e com certeza no dia 3 de janeiro. Já estou vivendo Figueirense 24 horas. Às vezes acontece de você ter dificuldade.
O que mudou no Adilson Batista desde a última passagem no Figueirense?
Batista – A experiência. O aprendizado e a passagem por grandes clubes. Estou muito mais amadurecido, descansei, fiz trabalhos de couch e psicologia. Sei lidar melhor com o ser humano. Fiz media training para falar melhor com a impressa. Vocês vão sentir um profissional mais maduro e tranquilo e espero que no dia a dia a gente consiga demonstrar um futebol competente como a gente fez em 2006.
Você vai trabalhar com garotos de base?
Batista – Eu acho que é o importante você conciliar a experiência com a juventude. Essa coisas se discutem internamente com a diretoria e depende do orçamento e planejamento para o ano inteiro. E já demonstramos que lançamos muito jogadores jovens, é importante esse jovens estarem cercados de atletas experientes. Não podemos queima-los. Temos os últimos três jogos para acompanhar e a Copa São Paulo para a gente definir. Todos terem a sua oportunidade.
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Foi um passo e atrás vir para um time que vai disputar a Série B?
Batista – Só para dar um exemplo o Coritiba nos últimos anos caiu e voltou duas vezes e decidiu a Copa do Brasil. O Figueirense para mim é Série A. É um início um recomeço para nós. Vamos resgatar o clube e o projeto é o acesso em 2014. Eu sempre considerei o Figueirense um time de Série A. Momentaneamente vamos jogar a Série B.
Você negociou com o clube este ano em agosto, mas acabou não acertando. O que aconteceu?
Batista – Eu escuto as pessoas que eu gosto e tenho amigos no futebol e dentro do Figueirense. Essa pessoas me mostraram que não era o momento de vir para cá. Um dos motivos foi este.
Você sente essa responsabilidade de assumir o clube nesta situação?
Batista – O presidente não está lavando as mãos e transferindo a responsabilidade. Ele será participativo. E isso me fez voltar. Quando eu digo que estou me sentindo um menino é porque eu conheço o clube e sei da responsabilidade. Mas vamos com calma, com muita consulta e planejamento para não errar. O objetivo maior e lá na frente, mas em janeiro já queremos um time que dê alegrias ao torcedor.