Itajaí ficou terça-feira órfã de um grande pai. Elói Camilo da Costa, aos 74 anos, nos deixou. Ele foi submetido a duas cirurgias por conta de um tumor na cabeça e não resistiu. O guerreiro que deu seu sobrenome a oito filhos, na verdade, foi pai de uma comunidade inteira. Não há no bairro São Vicente quem não tenha conhecido uma boa ação do homem público com maior número de mandatos de Itajaí.

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Elói exercia o oitavo mandato como vereador. Eu tive o privilégio de acompanhá-lo como colega de trabalho nos últimos 10 anos. Discreto, doce, articulista e bondoso. Sempre foi, nos corredores da vida, um incansável conselheiro. A primeira legislatura dele foi em 1983 – são mais de 30 anos de vereança. Ele tinha 44 anos, já era pai de família e trazia na conduta os ensinamentos de Dona Emília e Seu Camilo, os pais zelosos que criaram o filho no pujante,

mas então simples, bairro do São Vicente.

O vereador Elói sempre foi um homem do povo. Sem grandes oportunidades na infância e na juventude, não formou-se na escola primária, mas foi PHD na vida. E depois de oito mandatos provou que a Câmara de uma cidade precisa ser o reflexo dela mesma. Precisa representar a todos, expressar o sentimento e os anseios da população em sua ampla diversidade. Elói foi o homem simples que tinha sempre a casa aberta para receber o drama pessoal, familiar ou profissional de cada eleitor. Ouvia, ajudava, solidarizava-se… Foi um pai. E sempre que um pai nos deixa fica um enorme vazio.

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Vá com Deus, querido Elói.