Adestrador conta como é o trabalho com os animais no Beto Carrero World

A dedicação e o carinho de adestradores como Cristiano Geonir de Souza, 32 anos, são responsáveis pelas belas apresentações dos cavalos no Beto Carrero World. O trabalho demanda paciência e amor pelos animais – algo que Cristiano tem de sobra. Em entrevista a O Sol Diário, o adestrador, que responde pela produção dos shows Excalibur e Assalto ao Trem, revela como é feito o treinamento dos animais que encantam os frequantadores do parque.

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Imagem da abertura da novela

Como é o trabalho de adestramento?

Cristiano Geonir de Souza – Começa quando o cavalo chega aos três anos. Primeiro é feita a doma, quando ele aprende a obedecer. Depois vem o adestramento. Para mim, treinar cavalos é mais fácil do que qualquer outro animal, o que você quiser ensinar ele aprende. Já tivemos aqui cavalo que imita bêbado, dançando a dança da bundinha, mostrando a língua e dando risada. Estou trabalhando com o Tiger há oito anos e ele é um cavalo de alta escola, que corresponde a um ensino superior para cavalos.

O que você faz para convencer o animal a aprender?

Souza – A recompensa é uma cenoura. Tem quem dê torrões de açúcar, mas prejudica os dentes do animal. A cenoura, além de ele gostar bastante, ajuda a deixar bonito o pelo. No dia a dia, eles comem ração balanceada e alfafa. O Tiger come quatro quilos de ração por dia.

E como funciona na hora da apresentação?

Souza – Não confundo ele, fazemos sempre tudo do mesmo lado. Se o cavalo é acostumado a erguer a pata esquerda, posiciono ele no palco assim. O cavalo é um animal inteligente, basta alguém montar e segurar na rédea que ele percebe se você sabe ou não.

De onde veio o Tiger?

Souza – Ele nasceu no parque e tem 20 anos, é um senhorzinho. Passou boa parte da vida viajando nas caravanas (do Circo Beto Carrero). Ele representava o Faísca nos espetáculos. É da andaluz, que tem um trote bonito, elegante, e chama atenção. No parque temos vários cavalos de raças diferentes. O diferencial do Tiger é que ele é um cavalo muito calmo, que sabe relaxar quando não está trabalhando. É só desencilhar que ele descansa.

É mais difícil fazer a abertura da novela, ou os shows no parque?

Souza – A gravação é diferente de um show ao vivo, pelo nervosismo que dá. O mais gratificante foi ver que a direção havia gostado.