Um dos maiores artistas da música brasileira de todos os tempos, Tom Jobim é o homenageado do Acústico Brognoli, que ocorre hoje à noite em Florianópolis. Para reviver a obra do autor de clássicos do quilate de Garota de Ipanema e Chega de Saudade, o palco do teatro do CIC vai receber uma representante da nova safra do pop nacional – a cantora carioca Alice Caymmi –, além de nomes locais. Parte do valor arrecadado na bilheteria será revertida para o instituto Hope House, dedicado a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

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Segundo a diretora de marketing da imobiliária promotora do evento, Anaía Brognoli, a ideia de reverenciar Jobim prevaleceu em uma lista de sugestões de conceito que incluíam sertanejo de raiz e Dorival Caymmi. Apesar de o tributo ao gigante baiano ter ficado para o futuro, a família dele estará presente: por coincidência, ao cogitar quem poderia fazer uma participação especial em O Tom do Momento, como o espetáculo foi batizado, a produção se lembrou da neta do criador de É Doce Morrer no Mar.

– Não temos a obrigação de trazer algum artista nacional, mas é muito legal quando acontece porque rola essa troca com os músicos da cidade – diz Anaía, que até então não havia tido contato com o trabalho de Alice.

A cantora estreou em disco em 2012, porém foi dois anos depois, com Rainha dos Raios, que passou a ser apontada como uma das revelações da MPB. Dona de um estilo eclético, que mescla composições próprias com versões muito pessoais do hino da fossa Meu Mundo Caiu (de Maysa) ao funk Princesa (de MC Marcinho), ela ganhou certa notoriedade após a inclusão das faixas Como Vês e Meu Recado nas trilhas sonoras da minissérie Felizes para Sempre? e da novela A Lei do Amor.

– Quando me convidaram, me interessei na hora. Tom Jobim é muito familiar para mim, conheço praticamente todas as músicas dele – conta a cantora, por telefone, enquanto é atendida por uma manicure no Rio de Janeiro.

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Os pais dela, Dori e Simone, integraram a Banda Nova, formada por Jobim a partir de 1984. Alice tinha quatro anos quando ele morreu, em 1994. O que não é capaz de recordar devido à pouca idade, aprendeu na vida artística. No dia em que deu esta entrevista, ainda não sabia o que iria apresentar na capital catarinense, mas confessou sua predileção pelas baladas românticas Chora Coração e Falando de Amor.

A neta de Dorival soma-se a um time de atrações composto também pelas intérpretes Maria Beraldo e Camélia Martins. Para acompanhá-las, haverá dois pianos em cena, um comandado por Luiz Gustavo Zago, outro por Denise de Castro, ambos com livre trânsito entre o clássico e o popular. Completam o line-up a DJ Blancah, produtora catarinense que vem conquistando espaço nas pistas com seu deep house, e os VJs Bruno Bez e Hedra Rockenbach.

– Desde que começamos em 2005, para marcar o 50º aniversário da empresa, já homenageamos Elis Regina, juntamos a orquestra Camerata Florianópolis com o DJ Daniel Kuhnen e misturamos jazz com eletrônica, entre outras inovações. Tom Jobim caiu como uma luva nesta 13ª edição, tanto pela sua importância quanto pelo apelo que mantém entre diferentes gerações – afirma Anaía.

Agende-se

O quê: Acústico Brognoli – O Tom do Momento (homenagem a Tom Jobim)

Quando: nesta quarta (14), às 21h

Onde: Teatro Ademir Rosa – CIC (Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica, Florianópolis)

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Quanto: a partir de R$ 60, à venda no site Blueticket