O Conselho de Sentença formado por sete jurados da Comarca de Joinville condenou, durante a sessão do júri desta segunda-feira (25), duas pessoas acusadas de matar o policial militar aposentado Jupercy Santanna, 77 anos, em julho de 2017.
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O réu Erlon Sandro Araújo Soares foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado. O outro réu do processo, Luan Franco Karnopp, foi condenado a 26 anos de reclusão em regime fechado. A pena do Luan ficou maior porque ele era reincidente.
A sessão de julgamento, que durou seis horas, foi presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski. O promotor foi César Engel. Os advogados de defesa do réu foram: Antônio Lavarda e Rafael Siewert.
O que diz a defesa
Segundo o advogado de Erlon, Rafael Siewert, a defesa não concorda com alguns pontos da decisão e vai analisar recurso de diminuição da pena.
– O que justifica é a primariedade do réu e porque os jurados acataram em parte procedente a denúncia do promotor. A defesa entende que a pena ficou demasiada alta e vai analisar eventual recurso – pontua.
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A reportagem tentou contato com o advogado de defesa de Luan, Antônio Lavarda, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.
Relembre o caso
Segundo o Ministério Público, três jovens, um deles ainda adolescente, participaram do homicídio do policial militar aposentado, na época com 77 anos e morador do bairro Costa e Silva. O menor teria ficado no lado de fora da residência para cuidar da movimentação na rua.
Os réus, de 23 e 30 anos, entraram na residência do aposentado. Durante o roubo, pegaram a carteira do idoso e descobriram que ele era militar. Naquele momento, os jovens decidiram matá-lo. Asfixiaram o homem até a morte e, em seguida, colocaram ele no carro e enterraram o corpo em Garuva. A vítima foi encontrada seis dias depois.
Os acusados, segundo a denúncia, valeram-se de meio cruel, já que a vítima foi surpreendida, era 50 anos mais velha que os acusados e foi asfixiada até a morte. Os réus também vão responder por ocultação de cadáver, já que transportaram, com o carro da vítima, o corpo até Garuva, onde o enterraram em uma cova rasa em uma estrada de terra no bairro Urubuquara.
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Durante o júri os réus responderam por quatro crimes: homicídio, corrupção de menores, ocultação de cadáver e roubo – após matar o idoso, subtraíram da residência um televisor, um botijão de gás, uma máquina de serra tipo makita, um computador desktop, um carro e uma motocicleta.