Acusados de matar jovem com 37 tiros são julgados em Florianópolis

Houve reforço no policiamento do Fórum de Florianópolis desde a manhã desta quarta-feira. O motivo é o julgamento de dois homens acusados da morte de Diego Alexandre da Rosa, 26 anos, assassinado com 37 tiros no Morro da Caixa, área Central da Capital, no dia 3 de fevereiro de 2013. O crime aconteceu na rua General Vieira da Rosa.

Os réus são considerados perigosos e exerceriam liderança junto ao tráfico de drogas da região, no Maciço do Morro da Cruz. Estão sendo julgados pela morte Salésio Alves de Lima, o Pu, 35 anos, e Alex Francisco Adriano, o Falso, 28. Eles foram presos por policiais civis da Delegacia de Homicídios em junho do ano passado.

A vítima estava na direção de um i30 quando foi morta. Segundo a polícia, foram cerca de 50 disparos contra o veículo, na frente de um bar. De acordo com a Vara do Tribunal do Júri, o reforço da segurança do Fórum foi solicitado pelo Ministério Público.

Dois promotores atuam na acusação. O júri é presidido pelo juiz Marcelo Pons Meirelles, que não permitiu que os réus fossem fotografados a pedido dos advogados de defesa.

Segundo o promotor Paladino, os réus têm antecedentes por homicídios e costumam intimidar moradores da região com ameaças de morte. A execução de Diego teria com motivação a disputa por território do tráfico de drogas entre os morros da Caixa e da Nova Descoberta.

– Não permitam que outras pessoas venham a morrer – disse o promotor Paladino aos jurados ao pedir a condenação dos réus para que eles permaneçam presos.

O promotor afirmou que há um boletim de ocorrência de uma moradora dizendo que se os réus forem soltos haverá matança geral no morro em atos de vingança por causa da briga de gangues. A sentença está prevista para sair às 19 horas.

Os advogados de defesa afirmam os réus foram alvo de preconceito pela polícia na investigação por terem antecedentes, e que o processo não tem fundamento para acusação e condenação. Além disso, alegam que a vítima era traficante e tinha inimigos e que o acusado Salésio Alves de Lima estava na praça XV no momento do assassinato.