Três anos depois de a polícia encontrar um corpo em uma geladeira na zona Sul de Joinville, os acusados pelo crime sobem no banco dos réus. Nesta quinta-feira (29), os réus Jean Carlos de Souza, Sandro Pereira e Luziane de Assis de Albuquerque serão julgados pelo assassinato de Marciel Cidral com golpes de objetos cortantes em outubro de 2015, em um galpão abandonado, situado na avenida Paulo Schroeder, no bairro Petrópolis.

Continua depois da publicidade

Outras duas pessoas também são acusadas de ter participação no crime, mas serão julgadas separadamente porque que o processo foi dividido. O júri popular acontece nesta quinta, às 9 horas, no Fórum da cidade. A sessão será presidida pelo juiz Gustavo Henrique Arachescki; a acusação ficará a cargo do promotor, Marcelo Sebastião Netto de Campos, da 23ª Promotoria de Justiça; já a defesa tem como responsável o advogado Antônio Luiz Lavarda.

Durante a sessão, não será ouvida nenhuma testemunha. Dos três réus, dois estão em revelia porque não se apresentaram ou tiveram representação em na audiência; o outro passou por processo cirúrgico na última semana, mas até a publicação desta matéria a defesa não havia apresentado documentação solicitando o adiamento da sessão.

Denúncia por homicídio

Continua depois da publicidade

Os três envolvidos neste processo foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, com emprego de meio cruel e para assegurar vantagem de outro crime, e ocultação de cadáver. Caso sejam condenados, a pena para os crimes pode variar de 12 a 30 anos de reclusão em regime fechado. O advogado de defesa do caso foi procurado, mas até a publicação desta reportagem não havia respondido o contato.

À época do assassinato, o corpo de Marciel permaneceu no Instituto Médico Legal (IML) durante cinco dias até ser identificado. Ele era natural Araquari, solteiro e não tinha filhos. Segundo a polícia, o homem costumava andar pelas ruas de Joinville com amigos, e não tinha endereço fixo.

Relembre o caso

A denúncia, oferecida pelo Ministério Público em novembro de 2015, aponta que ação aconteceu porque os acusados tinham a intenção de ocultar o furto de uma motocicleta ocorrido no dia anterior ao crime. Em 9 de outubro de 2015, Marciel foi até o local e solicitou a entrega da moto, afirmando que precisava recuperar o veículo e que sabia que estava escondido no galpão.

Neste momento, os envolvidos começaram a brigar. Os cinco acusados agrediram a vítima com golpes de objetos contundentes por diversas vezes, principalmente na cabeça, causando a morte de Marciel. Depois do assassinato, os denunciados esconderam o corpo dentro da uma geladeira que havia no galpão.

Continua depois da publicidade

O cadáver de Marciel foi encontrado somente quando uma pessoa foi até a Polícia Militar (PM) para relatar que acreditava que um dos suspeitos teria cometido um crime, já que um dos suspeitos o procurou para pedir um carro emprestado. Após a informação, a PM foi até o local indicado pela testemunha e encontrou o corpo.

As cinco pessoas acusadas de participar do crime foram presas no dia em que o corpo foi encontrado. À época, eles negaram participação no crime. Na época, além dos cinco detidos, um sexto suspeito conseguiu fugir correndo pelas ruas do bairro.