O julgamento de quatro homens acusados de planejar e executar a morte de um empresário do ramo imobiliário de São José está marcado para quarta-feira (17), a partir das 9h, no Tribuna do Júri de Florianópolis. O crime aconteceu em agosto de 2016 no bairro Rio Vermelho, na Capital. Os réus foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado.
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De acordo com o Ministério Público (MP), o empresário foi morto porque ganhou na Justiça o direito a receber uma dívida do homem acusado como mandante do crime. A promotoria diz que esse homem pediu a um amigo ajuda para achar quem pudesse matar o empresário. Ele encontrou os dois responsáveis diretos pela morte, que cobraram R$ 15 mil para fazer o serviço.
Os procuradores dizem que a vítima foi atraída até um terreno na Avenida das Torres, em São José, na Grande Florianópolis. Os assassinos disseram ao empresário que pretendiam fazer negócio com ele. Ao chegar ao local, ele foi rendido e levado até o Parque Estadual do Rio Vermelho.
Segundo o MP, antes de matar o empresário, a dupla fez com que o homem caminhasse por cerca de 600 metros, até que deram dois tiros nele. Ele morreu no local. Os assassinos ainda roubaram o celular e o carro da vítima. A mulher de um dos acusados chegou a usar o telefone da vítima.
O devedor, mandante do crime, fez o pagamento à dupla, dando R$ 12 mil em dinheiro e o restante com um carro, de procedência desconhecida, que deveria ser vendido pelos assassinos por R$ 3 mil.
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A trama foi descoberta pela polícia através de interceptações telefônicas. Um dos suspeitos foi flagrado dizendo a uma mulher que estava prestes a receber uma quantia, devido ao homicídio cometido.
Em depoimento posterior, um dos assassinos confessou o crime. Ele ainda deu detalhes de como aconteceu a morte do empresário. Os promotores pediram que a pena deles seja aumentada porque o crime teve as qualificadoras de promessa de recompensa, vingança, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Quinto réu inocentado
Na denúncia encaminhada à Justiça, o Ministério Público também arrolou o filho do devedor como um dos réus. Durante o processo, o juiz Renato Mastella decidiu impronunciar, ou seja, declarar como inocente esse quinto réu. Na decisão, o magistrado argumentou que não havia provas contra ele.