Um crime que teve repercussão nacional, em maio do ano passado, está sendo julgado nesta terça-feira, em Jaraguá do Sul. O júri popular, de dois dos quatro envolvidos na morte de Rafael Santana, de 18 anos, na frente da boate Chopp Clube, começou por volta das 9 horas e deve durar o dia todo.
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Os dois maiores de idade, estão sendo acusados pelo advogado Udo Drews Júnior e o promotor, André Teixeira Milioli. Eles podem pegar até 30 anos de prisão. Um deles, Alex Maia de Oliveira, de 19 anos, recebe a defesa do advogado Jeremias Felsky e o outro, Felipe Florentino, de 20 anos, tem como advogado, Lodemar Resner.
Os dois assistentes de defesa pretendem alegar que os rapazes estavam envolvidos no crime, mas não mataram Rafael. Na época, o crime foi flagrado pelas câmeras da boate e as cenas mostram que os dois deram pontapés no rapaz, mas a facada que atingiu as costas do adolescente foi deferida por um dos menores, que na época tinha 17 anos.
O adolescente foi condenado a ficar, até completar 21 anos, no Centro de Internação Provisória, de Joinville, assim como o outro menor envolvido.
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Sobre o júri desta terça, o advogado de acusação afirma que pretende fazer justiça. – Eles devem ser condenados pelo crime de homicídio que cometeram. Vou tentar buscar a condenação deles -, destaca.
Antes que a sessão começasse, os pais e os irmãos de Rafael chegaram e foram se sentando silenciosamente na primeira fileira. Ao lembrar do dia da morte do filho, Semilda de Fátima Kochenborger Santana, de 47 anos, se emocionou.
– Foi o pior dia da minha vida. Tive que enterrar meu filho em pleno dia das mães. Ele era meu caçula. Não é justo. Eles tem que pagar pelo que fizeram -, comenta.
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Com uma faixa pedindo justiça, a mãe de Alex de Oliveira que está sendo julgado, Edite de Oliveira, de 45 anos, alega a inocência do filho.
– Esse mais de um ano que ficou na prisão, ele já pagou pelo que fez. Ele é um menino muito bom, sempre foi trabalhador e nem era de sair. Vi na filmagem que ele deu um chute e quando viu que outra tinha dado uma facada no menino, se afastou e pôs e a mão na cabeça. Ele não esperava aquilo -, acredita.
Segundo testemunhas, o crime ocorreu por ciúmes.