Os dois acusados de atear fogo em um morador de rua em outubro de 2012 em Joinville foram condenados em júri popular nesta quinta-feira. Aldo da Silva pegou 22 anos de prisão e Osvaldo José Costa 18 anos. Os dois devem cumprir as penas em regime inicial fechado. Eles foram condenados por homicídio qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e por emprego de fogo.
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A vítima Valdemiro Pensky, de 66 anos, morreu duas semanas depois no hospital. Ele teve o corpo incendiado enquanto dormia em um cubículo construído para o despejo de lixo no muro de uma casa da rua Marechal Hermes, no bairro Glória.
A dupla foi detida pela Polícia Militar e permaneceu presa durante o processo. O Ministério Público denunciou Aldo e Osvaldo por homicídio triplamente qualificado, por emprego de fogo, impossibilitar a defesa da vítima e por motivo torpe.
Em juízo, o réu Osvaldo negou participação no crime. Aldo, por sua vez, confessou que ateou fogo em um monte de lixo, mas alegou que não sabia que havia uma pessoa no local e que não teve a intenção de matar a vítima.
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Para o MP, as testemunhas e a perícia no local do crime concluíram que “os réus valeram-se de um líquido inflamável e fogo para causar o resultado almejado”.
Uma neta da vítima disse à reportagem na época do crime que a família acompanhava a situação de Valdemiro nas ruas à distância, pois ele enfrentava problemas com a bebida e decidiu sair de casa por opção. Todas as tentativas de internação em uma clínica para dependentes químicos foram frustradas.
Um dos filhos também tentou encaminhar documentação para garantir a aposentadoria de Valdemiro, mas ele abriu mão do benefício. Quando souberam do crime, os familiares não acreditaram que o idoso tivesse se desentendido com alguém a ponto de provocar a agressão.
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