A Justiça condenou a 29 anos de prisão o homem acusado de matar Flávia de Paulo Carvalho e de esfaquear o filho dela, um garoto de apenas 10 anos. O assassinato bárbaro ocorreu em janeiro deste ano e teria sido motivado porque o criminoso, com quem a mulher era casada, suspeitava de uma traição. Os socorristas chegaram a ser chamados, mas apenas o menino resistiu aos ferimentos.

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Os jurados condenaram o homem por homicídio com as agravantes de motivo torpe e feminicídio. No caso do ataque ao filho de Flávia, ele recebeu pena por tentativa de homicídio, também por motivo torpe, com agravantes de ser contra menor de 14 anos e por se tratar de um enteado do agressor. Ele vai cumprir a pena em regime fechado e não poderá recorrer da decisão em liberdade.

A promotora de Justiça Ariane Bulla Jaquier vai pedir o aumento da pena imposta ao réu. 

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O que aconteceu com Flávia e o filho

Os crimes que levaram à condenação do homem foram cometidos em 20 de janeiro deste ano, por volta de 23h, em Balneário Camboriú. Conforme a denúncia do Ministério Público, o homem, buscando vingança por uma suposta traição, deu ao menos dois golpes de faca contra a companheira, atingindo o peito dela, o que, segundo o laudo pericial, provocou a morte de Flávia, à época com 46 anos. 

Após matar a mulher, usando a mesma faca, o homem ainda desferiu um golpe contra o enteado, que estava gritando por socorro para a mãe. O menino também foi atingido no tórax. Ele recebeu ajuda de vizinhos, foi levado em estado grave ao Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, e sobreviveu aos ferimentos. O assassino disse que atacou o menino porque “ele se meteu no meio”.

O homem foi preso logo após o ataque, ainda dentro da casa da família.

A Polícia Militar contou na ocasião que havia muito sangue no chão e o condenado estava dentro de um quarto, com a porta fechada. Após a retirada do homem do local, os policiais encontraram a faca suja de sangue escondida dentro de uma mochila. Ele relatou então que matou a companheira após ver uma conversa dela com outro homem no celular da vítima.

Sabrina Cargnelutti, comadre de Flávia, contou que a vítima era “uma mulher alegre, independente e cheia de vontade de viver”. Ela deixou quatro filhos.

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