A audiência de instrução da ação penal que apura a responsabilidade pelo homicídio de uma jovem com um tiro no peito, no fim do mês de julho em Pirabeiraba, em Joinville, terá sequência nesta sexta-feira (11), a partir das 14 horas, na comarca da cidade.
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O juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular do Vara do Tribunal do Júri, pretende ouvir as 18 testemunhas arroladas pelos réus, além do interrogatório do próprio acusado, Leonardo Nathan, assim como o de seu pai, que responde por crime de fraude processual.
Na primeira audiência, que ocorreu na última sexta-feira (4), foram ouvidas 13 testemunhas indicadas pela acusação, entre elas seis protegidas.
O fato teve grande repercussão regional e estadual, pois o companheiro da jovem de 20 anos, acusado de feminicídio, alega que o disparo que a atingiu foi acidental. Imagens da unidade hospitalar para onde a moça foi levada no porta-malas de um automóvel a mostram carregada nos braços pelo acusado, que na sequência se evadiu e a deixou sozinha no local. A arma de fogo, segundo a versão defensiva, foi lançada ao mar e, apesar de buscas durante a fase de investigação, acabou não encontrada.
Os advogados de defesa e o assistente de acusação acompanham todos os depoimentos. O acusado está preso preventivamente no Presídio Regional. Um pedido de habeas corpus foi apresentado no fim de agosto, mas negado pelo TJSC. A defesa, contudo, já interpôs recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, ainda sem decisão.
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Leonardo foi indiciado por feminicídio
Em 7 de agosto, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial que indiciou o jovem por feminicídio — crime se caracteriza, pela maior parte dos casos, ter como principais suspeitos o companheiro ou ex-companheiro da vítima e estar relacionado à violência doméstica ou discriminação de gênero.
Relembre o caso
Gabriella Custódio Silva foi morta com um tiro por volta das 17h30min do dia 23 de julho na rua Arno Krelling, no Distrito de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. Gabriella teria sido atingida por um disparo de arma de fogo dentro de casa, colocada no porta-malas de um Chevrolet Captiva e levada ao Hospital Bethesda.
Após deixá-la no hospital, Leonardo Nathan fugiu do local. A partir da placa do veículo foi descoberto que o proprietário era o marido da vítima. Os policiais foram até o endereço registrado e não o encontraram.
Quando os policiais estavam realizando buscas, a Captiva passou pela rua com duas pessoas. O motorista informou que o veículo havia sido deixado na casa de um amigo e, posteriormente, descobriram que o carro estava envolvido no crime. Por isso, estavam o levando à casa do proprietário, quem eles conheciam.
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A Polícia Militar conduziu as duas pessoas até a Delegacia de Polícia para prestarem depoimento. Leonardo teria deixado Gabriella no hospital já sem vida.
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