Sentará no banco dos réus do Fórum de Florianópolis nesta terça-feira o advogado Luciano Schultz Mansur, acusado de matar a tiros o também advogado Paulo Cesar Martins, na manhã de 22 de julho de 2010, no Centro da Capital.

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O crime ocorreu no terceiro andar do Edifício Canadá, na rua Marechal Guilherme. Martins morreu com três tiros. Os disparos atingiram a mão, o tórax e o abdômen da vítima. O advogado teria sido atingido ao abrir a porta do escritório dele.

O julgamento começa às 13h30min e deve se estender até o final da noite desta terça-feira. A sessão do tribunal do júri havia sido marcada para abril deste ano, mas foi suspensa e remarcada para o começo deste mês.

O promotor Giovani Werner Tramontin, que responde atualmente pela Vara do Júri da Capital, diz estar convicto de que Mansur foi o autor dos disparos que mataram Martins.

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– Foi feita a perícia nas cápsulas encontradas no apartamento dele e nas localizadas no local do crime. Ele foi reconhecido por várias pessoas como a que entrou no prédio e como a que saiu logo após os tiros – explicou o promotor.

Segundo Tramontin, Mansur não deve participar do julgamento a pedido da defesa, que teve o requerimento aceito pela Justiça. Atualmente, o réu está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Florianópolis. O motivo do crime, alega o promotor, teria sido um descontentamento da vítima por ter sido condenado em um processo de atropelamento que Martins era seu defensor.

O Ministério Público (MP) pede a condenação do advogado por homicídio duplamente qualificado. A pena pode variar de 12 a 30 anos. O advogado de Mansur, Gilberto Tinoco da Silva, não foi encontrado na manhã desta terça-feira para falar sobre o júri.

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