O homem preso por matar a tiros o advogado Hamilton Lopes Ribeiro, em São Francisco do Sul, teria recebido “dezenas de milhares de reais” para cometer o crime. O dinheiro teria sido usado, inclusive, para comprar um carro de R$ 25 mil. É o que diz Rachel Urquiza de Medeiros, promotora de Justiça no caso, que aconteceu em maio deste ano. Ele virou réu na última quarta-feira (28).

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Um mês antes do crime, de acordo com ela, o réu também teria comprado uma moto à vista, pelas redes sociais, a partir de um intermediário em Joinville. Foi rastreando a motocicleta, quebrando o sigilo bancário e rastreando o sinal de GPS do celular dele que a Polícia Civil o localizou. 

Na semana do crime, o rapaz teria ido ao menos três vezes até a casa do advogado. As investigações também apontam que a vítima era vigiada há um mês pelo autor do homicídio.

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Conforme Rachel, o carro de um garagista foi comprado pelo suspeito um dia depois do assassinato. Outras compras foram feitas em lojas de departamentos, por exemplo. Ele ainda fez diversas transferências bancárias para a irmã, com quem alugou um imóvel e foi morar no bairro Saguaçu, em Joinville, onde foi localizado e preso pela polícia. O valor da residência era “considerável”, conforme a promotora. 

— Ele estava com uma grande quantidade de recursos ao seu dispor, o que levanta suspeitas de que ele recebeu uma quantia de algumas dezenas de milhares de reais — ressalta Rachel. 

Além de torná-lo réu, o Ministério Público de Santa Catarina ainda quer que ele seja julgado em júri popular.

Envolvimento de organização criminosa

De acordo com Larry Rosa, delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, o réu estava foragido da prisão desde 2021. Ele tem mandado por tráfico de drogas. Agora, também deve responder por homicídio qualificado.

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Além disso, Larry afirma que a polícia tem indícios que ele tenha envolvimento com uma organização criminosa que atua em Santa Catarina. A polícia ainda segue procurando o mandante do crime.

Até o momento, conforme o delegado, ainda não se sabe a motivação para o assassinato do advogado.

O réu, que estava preso temporariamente, teve sua prisão convertida em preventiva nesta semana a pedido da Polícia Civil.   

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