A Vara do Tribunal do Júri marcou para a próxima quarta-feira o julgamento de Leomar Borges da Silva, o Leoma, acusado de mandar matar um agente penitenciário há quatro anos, em Florianópolis. A tentativa de homicídio seria da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
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O júri popular está marcado para começar às 13h30min no Fórum da Capital. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), Leomar é acusado de dar ordens por telefone com o objetivo de matar a tiros o agente penitenciário Sandro Marino de Sá, no dia 30 de agosto de 2010, às 19h40min, na Rua Frei Caneca, na Agronômica. O detalhe é que a ligação telefônica era monitorada pela Polícia Civil.
O agente, que sobreviveu, afirma ter levado seis tiros. O atirador, que está foragido, estava na carona de uma moto, com um outro homem.
Os dois passavam pela rua quando avistaram a vítima em frente a um mercadinho, tendo então um deles telefonado para Leomar para ter a autorização de matá-lo. Após a suposta anuência de Leomar, retornaram ao local e um deles atirou contra o agente.
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“Os denunciados integram o PGC e agiram com o objetivo de afrontar os agentes penitenciários… A vítima foi pega de surpresa enquanto esperava uma pessoa sem que pudesse prever o atentado”, diz a denúncia do MP-SC. O agente trabalhava na época na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde ficavam os principais líderes da facção criminosa.
Leomar já foi alvo de investigações complexas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) pelo envolvimento com o PGC e o tráfico de drogas, acusado de ser tesoureiro e um dos principais líderes do facção.
Em 2013, foi transferido para prisão federal em razão de suposto envolvimento com os atentados, mas retornou ao sistema prisional catarinense.
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O júri será presidido pelo juiz Marcelo Pons Meirelles e na acusação a atuará o promotor Daniel Paladino. O DC não conseguiu contato com a defesa de Leomar.