Eleito presidente do Paraguai, Horacio Cartes disse que vai doar seu salário de US$ 10 mil durante os próximos cinco anos. Ele é um magnata da indústria do tabaco e um dos homens mais ricos do país, sendo que documentos do Wikileaks dizem que ele faz parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
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Nos primeiros dias de presidência, Cartes disse que vai fazer uma “guerra à pobreza” e a doação do seu salário vai para a paróquia de San Rafael, em Assunção. A instituição cuida de pacientes terminais e crianças doentes.
Controverso, o novo presidente fez em sua campanha declarações que comparavam homossexuais à “macacos” e é investigado por comprar um “banco fantasma” nas Ilhas Cook, um paraíso fiscal na Oceania.
A atitude de Cartes lembra a de outro presidente sul americano, o uruguaio José Mujica, que doa 90% de seu salário. A diferença entre um e outro é o poderio econômico, já que o uruguaio possui apenas uma fazenda de pequeno porte, enquanto o paraguaio possui várias indústrias nos setores alimentício e fumígeno.
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