O democrata Jesse Jackson Jr., filho do conhecido líder dos direitos civis, renunciou esta quarta-feira ao seu mandato na Câmara dos Representantes, em meio a acusações de corrupção.
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Com 47 anos, Jackson estava sob investigação da promotoria federal por suposta má gestão de fundos de campanha e esteve envolvido no esquema do governador deposto do Estado de Illinois, Rod Blagojevich, para leiloar a cadeira que o presidente Barack Obama deixou vaga ao deixar o Senado em 2008 para ocupar a Casa Branca.
Jackson foi reeleito por Illinois, um forte reduto democrata, nas eleições de 6 de novembro passado, apesar de estar afastado desde junho passado do Congresso com uma licença médica, pois estava em tratamento por transtorno bipolar.
O legislador mencionou sua saúde ao anunciar sua demissão em uma carta destinada ao presidente da Câmara, John Boehner, mas também reconheceu a “investigação federal em curso sobre minhas atividades”.
“Estou fazendo todo esforço para resolver a situação de forma responsável, cooperar com os investigadores e aceitar a responsabilidade por meus erros porque são meus erros e só meus”, escreveu.
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“Nenhum de nós é imune à parte que nos corresponde das deficiências ou fragilidades humanas e rogo que seja lembrado pelo que fiz bem”, destacou.
A mídia e círculos políticos têm comentado que Jackson estaria em conversações para chegar a um acordo com os promotores, que também estariam investigando sua esposa.
Jackson foi eleito pela primeira vez ao Congresso em 1995 depois de trabalhar na organização do seu pai, Rainbow Push.
Para ocupar sua cadeira, que abarca parte da zona sul de Chicago e subúrbios vizinhos, deverá ser realizada uma eleição especial.
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