O homem acusado pelo ataque a creche em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, teve negado pela Justiça, nesta terça-feira (11), um pedido de mudança do local em que será submetido a júri popular por suposta parcialidade. A sessão em que ele vai responder por cinco mortes e 14 tentativas de homicídio tem confirmação de ocorrer no fórum da comarca de Pinhalzinho no próximo dia 9 de agosto.

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A defesa do acusado argumentou, ao tentar o desaforamento do júri, que Pinhalzinho é um município pequeno, onde os moradores se conhecem e sabem sobre o ataque. Também afirmou que boa parte da lista dos jurados tem a mesma profissão que algumas das vítimas, o que tornaria ela parcial.

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) rejeitou os argumentos, no entanto, por unanimidade. O relator do caso foi o magistrado Sérgio Rizelo, acompanhado em sua decisão pelos também desembargadores Norival Acácio Engel e Hildemar Meneguzzi de Carvalho.

“Todo mundo, em todo lugar, sabe o que aconteceu e que a escolha de uma característica em comum entre alguns nomes na lista e as vítimas é arbitrária. Dessa identidade não emana fundamento para parcialidade”, escreveu o desembargador Rizelo, conforme divulgado pelo TJSC.

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Em ocasião anterior, a defesa do acusado já havia tentado evitar que ele fosse julgado por um Tribunal de Júri, o que também foi negado pela 2ª Câmara Criminal do TJSC, em janeiro. A data do julgamento foi confirmada pela Justiça em 5 de abril, mesmo dia do ataque ocorrido em Blumenau.

O ataque de Saudades ocorreu em 4 de maio de 2021. Na ocasião, um homem então com 18 anos assassinou uma professora, uma agente educacional e três bebês com menos de dois anos.

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