O acúmulo de água do mar na orla da Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, gerou uma situação inusitada. Uma moradora da região registrou grandes poças em meio a lixeiras. Neste local, alguns banhistas aproveitavam para nadar. As informações são do g1 SC.
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O alagamento foi registrado na altura 1101 da Avenida Atlântica. O ponto é próprio para o banho, conforme avaliação do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). As lixeiras ficaram parcialmente submersas em função da formação de erosão no local.
Ao g1, o oceanógrafo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Paulo Horta, explicou que essa erosão tem ligação com a megaobra de alargamento Praia Central.
De acordo com Horta, o descolamento dos sedimentos ocorre com facilidade pela falta de vegetação na área e acaba alterando a topografia, inclusive formando buracos.
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— A circulação costeira vai produzir transporte e acomodação do sedimento. Ele [buraco] agora está cheio de água. Isso pode ter acontecido em um momento de maré alta associada à ressaca, por exemplo — disse.
O fenômeno é cíclico e está sendo acompanhado por equipes técnicas de modo a garantir que as condições do mar e da vida marinha não sejam afetadas. Esse monitoramento deve ser feito até 2023 por exigência do IMA.
A prefeitura informou ao g1 SC que não tem previsão para o início das obras do restante do projeto de alargamento, que inclui a plantação de restinga.
A megaobra de alargamento teve início em março de 2021 e foi concluída em dezembro daquele ano. A largura da faixa de areia passou de 25 para 70 metros.
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*Sofia Mayer
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