Em busca do maior número possível de pessoas afetadas por uma instituição que viabilizava créditos habitacionais sem juros, Maria Amâncio, uma ex-associada da Associação Frutos da Terra Brasil (AFTB), resolveu apelar para conseguir justiça.
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Junto de atas, documentos e notícias que revelam que a associação estava sendo acusada de utilizar o esquema de negócio conhecido como pirâmide, Maria se acorrentou no palco da praça Nereu Ramos, no Centro de Joinville, quarta-feira à tarde.
Ele garantiu que ficará presa até a manhã desta quinta. E as correntes de ferro têm um único objetivo: sensibilizar as quase 1,5 mil pessoas da região que se associaram à AFTB a se reunir e entrar com uma ação na Justiça.
Segundo Maria, que era uma das principais associadas de Joinville e que buscou inúmeros novos associados para a instituição na cidade, a AFTB financiava casas de R$ 30 mil a R$ 500 mil. Não era preciso garantir comprovação de renda, o financiamento não tinha juros e o melhor: a entrada era de apenas 3% do valor que seria emprestado e poderia ser dividida em 30 meses.
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– Muita gente em Joinville pagava R$ 100 por mês para conseguir a carta de crédito. Há pessoas que já pagaram 50 parcelas e até agora não conseguiram a carta. Em quatro anos, só quatro casas foram entregues na cidade -, disse Maria.
Ela foi uma das beneficiadas.
– Eu não tive saída. Muita gente está revoltada. As pessoas que eu associei ficaram revoltadas e me agrediram. Chegaram a quebrar o meu dedo. Ou eu teria que ficar na defesa da associação ou fugir ou lutar junto dos que não conseguiram a carta. Resolvi ficar e brigar com eles -, revelou.
Para quem quiser resolver a situação na Justiça, Maria dá o endereço da sede da nova instituição: rua Rio Branco, 512.
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