Um acordo entre o ministério da Saúde e a indústria brasileira estabeleceu a redução da quantidade de sódio em alimentos processados no país. Assinado nesta terça-feira, o documento medida visa oferecer alimentos industrializados mais saudáveis e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, principalmente entre os mais jovens. O termo de compromisso prevê a redução em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020.

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– Com esse novo termo, pretendemos oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de trabalho – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Esta é a terceira etapa do acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.

A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários.

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O acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que promovem a melhoria da qualidade de vida da população hipertensa. Uma pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta.

Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.