Com o aumento na tarifa do transporte coletivo aprovado pela Câmara de Vereadores de Itajaí, começam as manifestações contestando judicialmente a decisão oficializada terça-feira à noite com o voto de 14 legisladores. O valor sobe de R$ 2,45 para R$ 2,80 (antecipada) e de R$ 2,80 para R$ 3,20 (no embarque) – um crescimento de 13,65%.
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Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Itajaí, uma das entidades que protestou no plenário contra o reajuste, Paulo Ladwig afirma que já acionou o setor jurídico para analisar as medidas possíveis. Ele argumenta que mesmo não havendo revisão da taxa há dois anos, a população do município não pode arcar com o prejuízo de uma vez só.
– Se o reajuste fosse em torno de 6% seria aceitável. Há mais de 10 anos a frota de ônibus é a mesma e não existe sequer aumento de linhas, então existem muitos problemas que deveriam ser discutidos antes de se votar um aumento – pondera.
A vereadora Anna Carolina Martins (PRB) também pretende reverter a decisão da Câmara. Ela informa que já existe um ação popular na cidade, desde 2009, na qual se discute todo o contrato com a Coletivo Itajaí, responsável pelo transporte público. No início deste ano foi pedido que os valores fossem congelados até o término do processo, que hoje estaria aguardando a definição da Justiça.
A vereadora, junto com sindicatos de classe, vai fazer uma petição informando as condições do serviço e solicitando que o magistrado se posicione o quanto antes sobre o reajuste. Anna Carolina afirmou ainda que houve pressão para que os vereadores votassem pelo aumento, alegando que poderia haver greve dos motoristas.
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– A tarifa mais cara não garante que não possa ter paralisação, porque as reivindicações deles não eram apenas sobre o aumento salarial (que o valor da passagem ajuda a cobrir) – destaca.